"Quem entendeu o que as ruas do Brasil em alto e bom som disseram, quem
entendeu o que aconteceu no Brasil em junho, não tem nenhuma
dificuldade de entender o que ocorre aqui hoje. O que ocorre aqui hoje é
o desejo de discutir o Brasil. [...] Quero melhorar a politica, alguém
que traga pureza, que traga a voz das ruas. Tenho clareza que nós aqui
estamos recebendo a Rede no PSB para fazer aliança programática porque
reconhecemos a Rede como algo necessáro para melhorar a política no
Brasil", discursou Campos.
Campos falou após Marina assinar a ficha de filiação em evento no Hotel Nacional, em Brasília.
Marina Silva afirmou que apoia a candidatura à Presidência de Campos,
mas não disse se pode ser vice em uma chapa encabeçada pelo
pernambucano. "Estou aqui não para pleitear candidatura, mas para
apresentar junto contigo um programa para sociedade brasileira que seja
capaz de alinhamento histórico e sepultar de vez a velha República",
disse ela, dirigindo-se a Campos.
Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar na última semana o
registro do partido que ela fundou, o Rede Sustentabilidade, por falta
de comprovação do número de assinaturas de apoio previsto em lei, Marina
havia sido convidada por outras legendas,
como PPS e PEN. Este sábado era o último dia para que a ex-senadora se
filiasse a algum partido - pela legislação eleitoral, quem quer
concorrer nas eleições deve estar filiado ao partido um ano antes da
eleição.
A aliança política entre Marina e Campos foi costurada entre a noite de
sexta e a manhã deste sábado. Ainda durante a noite, Eduardo Campos
desembarcou em Brasília para propor a união.
Em entrevista ao portal de notícias G1, um dos principais auxiliares de Marina, Bazileu Margarido, informou que ela se colocou à disposição para ser vice.
Eduardo Campos e Marina aparecem nas pesquisas eleitorais como
pré-candidatos à Presidência da República nas eleições do ano que vem -
segundo o último levantamento do Ibope, Marina estava em segundo com 16% das intenções de voto, enquanto Campos tinha 4%.
Em discurso, Campos afirmou ainda que vai andar "lado a lado" com
Marina pelo país. "Vamos andar o Brasil juntos, lado a lado, para
espalhar esperança. Para nos ajudarem a fazer o que o Brasil precisa.
Preservando as conquistas, cuidar do que o Brasil clama."
O governador citou que a decisão de Marina, de entrar para o PSB e não
se candidatar à Presidência, "não é a decisão mais fácil". "Essa não é a
decisão mais fácil, que preserva a sua persona, a sua relação com
milhares de jovens irrequietos no país, de muitos que conviveu ao longo
da caminhada. Não é a decisão mais conveniente. Talvez não seja a
decisão de maior agrado para quem olha para cena de maneira ligeira. Mas
essa é a melhor decisão para que a gente possa enterrar a velha
política no Brasil."

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