O clássico entre Portuguesa e Santos neste domingo marcou o retorno de
Guto Ferreira ao banco de reservas da Lusa e também do Rubro-Verde ao
Canindé. Mas o que a torcida anfitriã mais comemorou nesta 26ª rodada do
Brasileirão foi a volta do time ao caminho das vitórias. Jogando de
forma organizada, a equipe superou o Peixe por 3 a 0, recuperou-se da
goleada para o Cruzeiro e subiu para o décimo lugar. Ao Alvinegro restou
o lamento de, mais uma vez, desperdiçar uma grande oportunidade de
encostar definitivamente no G-4 – a equipe encerra o fim de semana na
oitava posição, com 36 pontos, sete a menos que o Botafogo, primeiro do
grupo de classificação à Libertadores.
A vitória da Lusa foi construída com trapalhadas do goleiro santista
Vladimir, que não jogava uma partida oficial desde 2011, e com gols de
Luis Ricardo, no primeiro tempo, e Gilberto (duas ezes) na etapa final.
Derrotado, o Alvinegro volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h30m
(de Brasília), contra o Coritiba, no Couto Pereira. Vitoriosa, a Lusa
retorna ao Canindé para enfrentar o Goiás, no mesmo horário, mas na
quinta-feira.
Luis Ricardo desequilibra, e Lusa sai na frente
Animado com a possibilidade de encostar de vez no G-4, o Santos iniciou
o clássico dando a impressão de que a noite no Canindé seria alvinegra.
Aos quatro minutos, Thiago Ribeiro aproveitou o cochilo de Moisés Moura
e chutou cruzado, assustando o goleiro Lauro. Depois disso, porém, a
Lusa resolveu mostrar a razão dos bons resultados nas últimas rodadas.
Aos 11, o ataque trocou passes até a bola chegar em Gilberto, que
arriscou de fora da área e viu Vladimir fazer boa defesa.
Quatro minutos depois, a Portuguesa abriu o placar. De volta à lateral
direita, Luis Ricardo roubou a bola de Thiago Ribeiro, enganou a defesa
santista e bateu no canto esquerdo. Vladimir ainda tocou na bola, mas
não evitou o gol da Lusa.
Após o gol rubro-verde, a velocidade do jogo diminuiu. Mesmo assim,
houve tempo para polêmica e gol anulado. Aos 29, Willian José passou por
Valdomiro, se enroscou com o zagueiro da Lusa e reclamou pênalti. O
árbitro Péricles Bassols nada marcou. Quatorze minutos mais tarde,
Willian José tabelou com Leandrinho e chutou forte. Lauro fez grande
defesa, e no rebote Leandrinho balançou as redes, mas a arbitragem
anulou o lance, alegando impedimento.
Trapalhada santista e vitória da Lusa
Assim como havia feito no primeiro tempo, o Peixe começou no ataque na
etapa final. Willian José, o santista mais perigoso da noite, arriscou
mais um chute de fora da área e novamente foi vencido por Lauro, que
defendeu com segurança. Pouco depois, um misto de trapalhada com
oportunismo no lance que deu origem ao segundo gol da Lusa: Bruno
Henrique lançou bola nas costas da defesa alvinegra, e Gilberto
aproveitou uma trombada entre Vladimir e Cicinho para invadir a área e
tocar para o gol vazio: 2 a 0.
Dois minutos depois, a prova de que a noite não seria boa para o Peixe:
Thiago Ribeiro tentou chute da entrada da área e acertou a trave. Não
demorou muito para Vladimir perceber que a noite dele no Canindé também
não seria nada boa. Em jogada contestada pela defesa santista, Péricles
Bassols acertou ao marcou pênalti do goleiro em Gilberto. O próprio
camisa 9 bateu e ampliou para 3 a 0, aos 21 minutos. Antes do fim do
jogo, quase houve tempo para Henrique, ex-jogador do Santos, balançar as
redes contra seu antigo clube: após cobrança de escanteio de Correa, a
bola sobrou para o atacante na pequena área, mas ele isolou.

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