Faltando poucas horas para o fim do prazo, os senadores republicanos e democratas dos Estados Unidos
alcançaram um acordo para reabrir os serviços públicos federais e
elevar o teto da dívida do país, evitando um calote nas contas públicas.
O prazo para aprovar esse aumento acaba à 0h desta quinta-feira (17). O
texto ainda precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado,
e ser sancionado pelo presidente Barack Obama.
O acordo foi anunciado no plenário do Senado dos EUA pelo líder da
maioria, o democrata Harry Reid, e pelo líder da minoria republicana,
Mitch McConnell. Segundo Reid, o texto prevê a elevação do teto da
dívida do país até pelo menos o próximo dia 7 de fevereiro, e a
reabertura do governo até 15 de janeiro.
"Não é hora de ficar apontando dedos, é hora de reconciliação", disse o democrata.
A discussão do acordo foi retomada na noite de terça-feira (15), após as tentativas da Câmara dos Deputados falharem.
O senador republicano Ted Cruz, um dos principais opositores do governo
federal, afirmou que não irá bloquear a votação do acordo no Senado.
De acordo com o "Wall Street Journal", o acordo bipartidário fechado
entre os senadores não inclui grandes alterações ao "Obamacare", o plano
de assistência à saúde aprovado em 2010 e que tem sido o maior ponto de
atrito nas negociações entre os dois partidos. A legislação determina,
no entanto, novos procedimentos para determinar a renda de algumas
pessoas que receberão subsídios para pagamento dos planos de saúde.
Os negociadores rejeitaram a proposta dos republicanos de adiar a
cobrança de uma taxa de US$ 63 por pessoa em planos de saúde coletivos,
incluindo empregadores, sindicatos e seguradoras.
Casa Branca
Após o anúncio no Senado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o presidente Barack Obama "acredita que o acordo bipartidário irá reabrir o governo e remover a ameaça que já causou prejuízos à economia".
Após o anúncio no Senado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o presidente Barack Obama "acredita que o acordo bipartidário irá reabrir o governo e remover a ameaça que já causou prejuízos à economia".
"O presidente aplaude" os senadores Reid e McConnell e "encoraja o Congresso a agir rapidamente", disse Carney.
"Obviamente esperamos que cada casa [Senado e Câmara] aja rapidamente,
porque já estamos no dia 16 desse fechamento [do governo] totalmente
desnecessário, com consequências reais para pessoas reais", afirmou.
"Nossa economia é extremamente dependente da confiança no crédito. Há um
valor intangível real na segurança de investir nos EUA. Ameaçar isso
causa danos reais".
Calote
Sem um acordo, o Tesouro norte-americano ficará sem caixa para pagar suas dívidas com credores (juros de títulos), bem como benefícios sociais e corre o risco de dar calote - o que seria um fato histórico.
Sem um acordo, o Tesouro norte-americano ficará sem caixa para pagar suas dívidas com credores (juros de títulos), bem como benefícios sociais e corre o risco de dar calote - o que seria um fato histórico.
Em maio deste ano, os Estados Unidos atingiram o limite seu limite de
endividamento, US$ 16,699 trilhões, mas avisou que, até o dia 17 de
outubro teria "recursos extraordinários" para continuar pagando suas
contas.
Em meio ao caos, a agência Fitch Ratings alertou que pode reduzir a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA,
citando como motivo a provocação política sobre a elevação do teto da
dívida federal. De acordo com a agência, os Estados Unidos ainda teriam
capacidade de fazer pagamento por apenas mais uns dias depois do dia 17
de outubro.
O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e o líder republicano, Mitch
McConnell, tentavam discutir maneiras de evitar obstáculos processuais
que poderiam retardar a medida, disse à CNN a senadora democrata Heidi
Heitkamp.

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