A candidata da esquerda à presidência do Chile, Michelle Bachelet,
favorita no segundo turno do pleito realizado neste domingo (15),
ressaltou que a legitimidade das eleições deve ser respeitada
independente de qual seja a porcentagem de participação.
"Na democracia ganha quem tem mais votos. A legitimidade não depende de
quanta gente vai votar", enfatizou a ex-presidente (2006-2010) após
votar em um colégio eleitoral do município de La Reina, em Santiago.
Em uma tumultuada e breve entrevista coletiva, Bachelet disse que "é
relevante que as pessoas possam participar e com seu voto dar uma clara
expressão do Chile no qual querem seguir vivendo".
"Estou convencida de que hoje será um grande dia", acrescentou a
ex-presidente, que enfrenta neste pleito a candidata da direita, Evelyn
Matthei, a quem no primeiro turno deixou pra trás com uma vantagem de 22
pontos.
Perguntada sobre se uma baixa participação diminuiria um eventual
triunfo, a ex-presidente respondeu que "é evidente que em todos os
países onde existe voto voluntário menos gente vai votar" e pediu o fim
de "elucubrações raras e sofisticadas".
Perguntada sobre os incidentes registrados no local de votação de sua
adversária, onde quatro pessoas foram presas após um princípio de
tumulto, Bachelet expressou seu desejo que a jornada transcorra com
total normalidade.
"O espírito da democracia se baseia no respeito a todas as opiniões",
disse Bachlet, que assegurou que, se for eleita, será a "presidente de
todos os chilenos".

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