O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
anunciou na manhã desta sexta-feira (8) a divisão do ensino fundamental
da rede estadual de São Paulo em três ciclos. Até então, a divisão
ocorria em dois diclos.
A partir de 2014, a retenção dos estudantes, que hoje apenas ocorre no 5º e no 9º ano, passará a ocorrer no 3º, 6º e 9º anos. Segundo o governo, a medida vai afetar cerca de 2,5 milhões de alunos.
A partir de 2014, a retenção dos estudantes, que hoje apenas ocorre no 5º e no 9º ano, passará a ocorrer no 3º, 6º e 9º anos. Segundo o governo, a medida vai afetar cerca de 2,5 milhões de alunos.
"Em 2010 o Estado implantou o ensino fundamental com nove anos de
duração, deixando o primeiro ciclo com cinco anos e o segundo com
quatro. Agora os ciclos serão menores, de três anos cada, uma importante
mudança para evolução do aprendizado dos alunos”, disse o secretário de
Educação Herman Voorwald.
A mudança afeta apenas o ensino fundamental. No ensino médio, o sistema
é seriado, ou seja, o aluno pode ser reprovado em qualquer um dos três
anos.
Alckmin garantiu que a decisão não teve influência na divisão anunciada
pela Prefeitura de São Paulo anunciada em agosto, que também dividiu o ensino fundamental em três ciclos,
entre outras medidas, nas escolas da rede municipal. "Isto já estava
sendo avaliado com a rede estadual já há algum tempo." "Hoje é um dia
importante para a educação. Estamos fazendo uma mudança importante para
aperfeiçoar a progressão continuada. Passaremos a ter três avaliações
para retenção. Isso foi muito discutido com a rede. Estamos atendendo um
pedido que vem da rede estadual e que está sendo discutido internamente
desde 2011", disse o governador.
Alckmin disse que progressão continuada é correta e até o sexto ano é
adotada em todo o Brasil pelo Ministério da Educação. "Os dias que o
aluno falta ele é reprovado, mas se ele não falta, por que ele não
aprende?", disse Alckmin. "A reprovação não pode ser uma
responsabilização do aluno, é uma responsabilidade do aluno. A
reprovação leva à evasão escolar e cria na criança a cultura do
fracasso. Por outro lado, ela não pode ficar cinco anos sem fazer
nenhuma avaliação e em alguns casos é necessário se fazer a reprovação."
Segundo o governo, 82% dos alunos que ingressam no sexto ano na rede
estadual vêm da rede municipal. Os alunos farão esta avaliação ao final
do sexto ano.
Outra mudança anunciada é que a partir de 2014, a avaliação diagnóstica
dos alunos acontecerá a cada bimestral. Serão quatro avaliações por
ano. O instrumento permite que os professores tenham um relatório
personalizado de aprendizado por aluno e um cardápio de ações focadas em
sanar suas principais dificuldades.
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