Pular para o conteúdo principal

Banco Central baixa para 0,7% previsão de alta do PIB neste ano

A economia brasileira deve ter este ano o pior desempenho desde 2009, segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. De acordo com o relatório de inflação, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 0,7% em 2014 – menos da metade da previsão anterior, de 1,6%. Em 2009, a economia teve retração de 0,33%.

Foi a segunda vez que o Banco Central revisou para baixo a expectativa de expansão da economia em 2014. No início do ano, a autoridade monetária previa uma alta de 2% para o PIB.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. Em 2013, a economia cresceu 2,5%.

"A trajetória do PIB na primeira metade de 2014 sugere menor crescimento da economia este ano em relação ao observado em 2013. Para o segundo semestre, as perspectivas indicam atividade em expansão", informou o BC.

A previsão do BC está abaixo da estimativa feita pelo governo federal na semana passada, de uma alta de 0,9% para o PIB deste ano, mas está bem acima da expectativa do mercado financeiro - que prevê um crescimento de apenas 0,29% para este ano.

Inflação
O BC baixou um pouco, no relatório de inflação divulgado nesta segunda, sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

Para 2014, a previsão do BC para o IPCA recuou de 6,4%, em junho, para 6,3% nos cenários de referência (juros e câmbio fixos) e de mercado (com a estimativa dos bancos para juros e câmbio).

Para o ano que vem, estretanto, a expectativa da autoridade monetária para o IPCA subiu em ambos os cenários. No cenário de referência, passou de 5,7% para 5,8% e, no de mercado, avançou de 6% para 6,1%.

O Banco Central informou ainda que sua estimativa de inflação para os doze meses até setembro de 2016 está em 5% no cenário de referência e em 5,2% no cenário de mercado.

Deste modo, até setembro de 2016, a autoridade monetária informou que não prevê inflação abaixo de 5% (em doze meses).

Preços ao consumidor
O BC informou, por meio do relatório de inflação, que a "evolução favorável" dos preços ao consumidor no trimestre encerrado em agosto refletiu o "arrefecimento da variação dos preços livres, em particular, a deflação nos grupos alimentação e transportes".

"Prospectivamente, a deflação recentemente observada dos preços no atacado e os efeitos
defasados das ações de política monetária [alta de juros implementada entre abril de 2013 e maio deste ano], entre outros aspectos, sugerem contenção das pressões altistas de preços ao consumidor nos próximos meses", informou o BC no relatório de inflação.

Sistema de metas
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Deste modo, as estimativas do BC divulgadas nesta quinta-feira mostram o IPCA longe da meta central de 4,5% estabelecida para 2014 e 2015, embora ainda esteja dentro do intervalo de tolerância existente, começando a cair mais fortemente, em direção ao centro da meta, somente em 2016. O teto do sistema de metas de inflação brasileiro é um dos mais altos do mundo. Em doze meses até agosto, o IPCA somou 6,51%.

Inflação elevada e BC vigilante
O Banco Central avaliou que, apesar de a inflação ainda se encontrar "elevada", pressões inflacionárias atualmente presentes na economia – como aquelas decorrentes de ganhos salariais incompatíveis com ganhos de produtividade e dos processos de realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e dos preços administrados em relação aos
livres – tendem a arrefecer ou, até mesmo, a se esgotar ao longo do horizonte relevante para a política monetária (até setembro de 2016).

"Em prazos mais curtos, some-se a isso o deslocamento do hiato do produto para o campo desinflacionário. Nesse contexto, o Comitê reafirma sua visão de que, mantidas as condições
monetárias – isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária –, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção", acrescentou a autoridade monetária.


O Banco Central destacou ainda que, em momentos como o atual, a política monetária [definição dos juros para controlar a inflação] deve se manter "vigilante", de modo a minimizar
riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária. Os juros básicos da economia estão atualmente em 11% ao ano.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mickey completa 85 anos com curta-metragem no cinema e desenhos na TV

Há 85 anos, um rato invadiu as salas de cinema. Em vez de sustos, provocou gargalhadas e aplausos nas pessoas que assistiam a suas travessuras a bordo de um barco a vapor.  No desenho animado "Steamboat Willie", de 1928, foi apresentado ao grande público Mickey Mouse, recém-criado pelo cineasta norte-americano Walt Disney.  Para comemorar o "aniversário", serão lançados no Disney Channel uma série de desenhos de curta-metragem. Neles, Mickey aparece com o visual e a personalidade travessa dos primeiros filmes.  Em "Croissant do Triunfo", atravessa Paris de moto para levar os deliciosos pãezinhos para Minnie. Em "Sem Comida", ele e Donald tentam comprar almoço, mas não são atendidos por estarem sem camisa e sapatos.  Já em "Tiroteio", Mickey precisa enfrentar uma avalanche nos Alpes suíços.  Além desses três primeiros, que vão ao ar nesta segunda, outros dos 19 desenhos da série deverão...

Renan chama governo Temer de 'errático' e diz que 'quem não ouve erra sozinho'

Em mais um capítulo da ofensiva nas redes sociais contra o presidente Michel Temer, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou neste domingo (2) de "errático" o governo do colega de partido e ironizou recentes decisões políticas do chefe do Executivo. Em um novo vídeo publicado no Facebook, o parlamentar alagoano afirmou que "quem não ouve erra sozinho". No vídeo de apenas 15 segundos de duração, Renan critica a sanção, por parte de Temer, do projeto aprovado no mês passado pela Câmara que trata da terceirização. O presidente sancionou o texto na última sexta (31) com três vetos. O ex-presidente do Senado também voltou a disparar na internet contra a reforma da Previdência Social capitaneada pelo governo Temer. Neste vídeo, Renan diz que as eventuais mudanças nas regras previdenciárias irão punir os "trabalhadores" e o "Nordeste". "A sanção presidencial da tercerização irrestrita e a insistência do go...

Martins avança a cada dia com a administração da Democrata Olga Fernandes

A administração da prefeita de Martins, Olga Fernandes (DEM), está em grande ascensão. A cidade virou um canteiro de obras, sendo reconhecido por toda a população martinense. Em obras está o pórtico de entrada da cidade, a nova agência do INSS, creche e muito mais. Em conversa com o Assessor de Comunicação Social, Júnior Carvalho, ele informa que muitas outras novidades estão por vir relacionadas a obras, como: Praça de Eventos, 4 quadras esportivas, reforma da praça de Lagoa Nova, continuação da urbanização da Lagoa do Rosário, entre outras. Na saúde os investimentos não param, mesmo o município tendo obrigação somente com a atenção básica, a prefeita prioriza o melhor para o seu povo, contratando médicos especialistas como: cardiologistas, ginecologistas, pediatras, dermatologistas, além de disponibilizar exames de média complexidade como: ultrassom, endoscopia, eletrocardiograma e outros. No turismo, a prefeita realiza eventos já consagrados como a gastronomia, fe...