Agentes da PF apreenderam documentos na casa de Elias Fernandes Neto. Residência no bairro do Tirol foi alvo da operação Cactus, da PF do Ceará.
O ex-deputado e ex-diretor geral do Departamento Nacional de Obras
Contra as Secas (Dnocs), Elias Fernandes, disse que está tranquilo em
relação à busca e apreensão de documentos realizada pela Polícia Federal
na manhã desta quinta-feira (21). A casa dele, no bairro do Tirol, área
nobre de Natal, foi um dos alvos da operação Cactus, deflagrada pela PF
do Ceará e que também cumpriu diligências no estado de Goiás e em Brasília (DF). Ao todo, foram expedidos 62 mandados judiciais de busca e apreensão, segundo a Polícia Federal.
Elias esclareceu que, até o momento, os policiais solicitaram apenas
documentos, mas não dizem sequer que tipos de documentos procuram. “Eu
perguntei que tipos de documentos eles buscavam, mas eles falaram que
não podiam dizer nada”, afirmou.
O ex-deputado disse que está tranquilo e que acredita que a operação
esteja relacionada com o Departamento Nacional de Obras contra as Secas
(Dnocs), do qual foi diretor geral durante o ano de 2011 e início de
2012. “Eu acredito que tenha relação com o Dnocs porque a determinação
judicial é do Ceará. Existiram alguns convênios com as prefeituras do Rio Grande do Norte, mas o Dnocs foi apenas o intermediário desses convênios e eu estou tranquilo”, explicou.
Ex-diretor do Dnocs, Elias Fernandes Neto pediu demissão do cargo no dia 26 de janeiro de 2012, após acusações de ter favorecido seu estado de origem em convênios do órgão.
A operação
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (21) operação
para desarticular organização criminosa especializada em desviar
recursos públicos transferidos pela união a diversos municípios
cearenses por meio de convênios e contratos de repasses. Denominada de
Cactus, a operação cumpre 62 mandados judiciais de busca e apreensão e
tem apoio do Controladoria-Geral da União (CGU).
Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal, nas cidades de Fortaleza,
Aiuaba, Apuiarés, Barbalha, Canindé, Catarina, Guaraciaba do Norte,
Iguatu, Irauçuba, Itapipoca, Itapiúna, Juazeiro do Norte, Morada Nova,
Mucambo, Quixeramobim, Reriutaba, Saboeiro, Tarrafas, Tejuçuoca e
Ubajara.
Estão sendo cumpridos, também, mandados em Aparecida de Goiânia (GO), Brasília (DF) e Natal (RN). Participam da operação cerca de 288 policiais federais e 12 auditores da CGU.
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