Ao final da primeira fase da Copa das Confederações, a Fifa e o governo federal avaliaram que as críticas à competição e à Copa-2014 são consequência de um problema de comunicação. Para eles, a população não recebeu informações suficientes sobre os benefícios da realização do Mundial. Por isso, a entidade e o governo iniciaram uma verdadeira campanha para mostrar dados que teoricamente provam como a competição favorece o desenvolvimento do país, sem prejudicar investimentos em educação e saúde. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a falar em usar estatais para fazer propaganda para melhorar a imagem da Copa.
"Nós [a Fifa] não estamos aqui só para encher os bolsos e sair do país", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Em seguida, ele acrescentou: "Sempre se pode fazer mais. Acho que estamos trabalhando. Você pode dizer que não é suficiente, mas não tenho vergonha do que estamos fazendo", contou. "Não há contradição nos investimentos [da Copa] com educação. No plano de turismo, há fortalecimento da educação técnica", deu um exemplo o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes.
Em paralelo, há uma intenção da Fifa de minimizar o impacto negativo na imagem do Brasil no exterior por conta dos protestos. Apesar de ter pedido mais segurança para a competição, a entidade tenta transmitir a imagem de há um exagero no noticiário sobre violência e não há caos no país.
"Temos que usar a objetividade. Jornalismo não é uma questão de audiência, mas de responsabilidade. Vi na TV um sinal de trânsito destruído. Isso foi mostrado várias vezes, por vários ângulos. Dá a impressão de que não havia luzes de tráfego no país. E esse não é o caso. Vocês são os responsáveis por fazer a opinião pública. É um convite para ver todo o cenário", afirmou o diretor de comunicação da Fifa, Walter de Gregorio.
Em seguida, Valcke começou a listar valores que a Fifa traz para o país-sede da Copa. Entre eles, citou o gasto da entidade de R$ 32 milhões com hotéis, e R$ 448 milhões em despesas para o Mundial. Também citou empregos dados para equipes que trabalham em serviços de hospitalidade, recepção, comidas e bebidas, em um total de 15 mil pessoas.
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