A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre de 2013 em
relação ao trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2012, o
crescimento foi de 3,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira
(30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em valores correntes, o PIB (Produto Interno Bruto) alcançou a marca de R$ 1,2 trilhão.
No primeiro semestre, a economia brasileira cresceu 2,6% em relação a igual período de 2012.
No primeiro trimestre, a economia brasileira tinha crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior e 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2012.
Todos os setores crescem em relação ao 1º tri; destaque para agropecuária
O destaque foi a agropecuária, que cresceu 3,9% no segundo trimestre em
relação aos três primeiros meses do ano. Em relação a 2012, o
crescimento chegou a 13%.
A indústria, que vinha patinando nos últimos trimestres, também
registrou um forte crescimento: teve expansão de 2% em relação ao 1º
trimestre, e de 2,8% em relação ao mesmo período de 2012.
O setor de serviços ficou na lanterna, com expansão de 0,8% em relação
ao trimestre anterior, e de de 2,4% em relação ao mesmo trimestre de
2012.
Mantega diz que nuvem cinza começa a dissipar
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o clima de
desconfiança em relação à economia brasileira verificada no fim do
primeiro semestre já está sendo revertido e que o país está preparado para enfrentar as turbulências dos mercados financeiros.
"Não vamos chorar o leite derramado, vamos tocar em frente... o Brasil
já apresenta resultados palpáveis, como a redução da inflação, a
retomada do crescimento e o interesse dos investidores estrangeiros,
tudo isso já começa a dissipar essa nuvem cinza que foi colocada sobre o
nosso país."
Crescimento em 2013 será cortado de 3% para 2,5%
A previsão de crescimento da economia brasileira neste ano será cortada de 3% para 2,5%,
disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana passada (22). O
anúncio oficial, segundo Mantega, seria feito nos próximos dias.
O governo já tinha reduzido suas contas sobre a expansão brasileira em
2013. A primeira previsão era de crescimento de 4,5% e, após inúmeros
estímulos dados --como corte de tributos da folha de pagamento das
empresas e de incentivos ao consumo--, a economia não decolou e a
projeção foi rebaixada para 3,5% em abril.
Em julho, e já enfrentando os efeitos de uma crise de confiança dos
agentes econômicos, a área econômica voltou a piorar a estimativa, reduzindo-a para 3%.
BC estimava crescimento de 0,89%
A estimativa do Banco Central, mostrada por meio do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), era de expansão de 0,89% em relação ao primeiro trimestre.
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do
PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um
resultado anual.
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do
resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem
medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado
anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
No primeiro trimestre, por exemplo, o PIB cresceu apenas 0,6% em relação ao trimestre anterior,
segundo o IBGE. Isso é metade do que mostrava o IBC-Br (alta de 1,22%).
Em entrevista, um diretor do BC justificou a diferença, dizendo que o IBC-Br não tem a pretensão de medir o PIB, apesar de o mercado o usar como um balizamento.
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