Apontado como possível candidato à Presidência da República, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, almoçou nesta quinta-feira (29) em um restaurante dos Jardins, em São Paulo,
com 18 dos 22 deputados estaduais tucanos. Ele diz que realiza
encontros regionais para discutir estratégias da legenda para as
eleições do ano que vem, mas nega estar articulando sua candidatura.
Aécio disse que sua movimentação em São Paulo não tem objetivo de
enfraquecer o nome do ex-governador José Serra em uma eventual disputa
pela indicação do partido nas eleições presidenciais de 2014. "Existe
uma mística de que eu e o Serra somos adversários. É o contrário. Temos
mais convergências do que divergências e sabemos que nosso adversário
não está dentro do PSDB, mas do lado de lá", afirmou.
Ao chegar ao evento, Aécio afirmou que tem respeito e admiração por
Serra. "O ex-governador José Serra tem papel vital no encerramento desse
ciclo do governo do PT. Eu sinceramente espero, acredito que seja
dentro do PSDB. É legítimo que ele dispute qualquer cargo", disse Aécio,
que diz manter conversas regulares com o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso e estímulo do governador Geraldo Alckmin.
O PPS já fez convite ao ex-governador para que se filie à sigla para disputar as eleições presidenciais em 2014. A mudança teria perdido força depois que o PPS não conseguiu se fundir ao PMN e criar o MD. Oficialmente, Serra se mostrou disposto a permanecer no PSDB e disputar prévias.
O PPS já fez convite ao ex-governador para que se filie à sigla para disputar as eleições presidenciais em 2014. A mudança teria perdido força depois que o PPS não conseguiu se fundir ao PMN e criar o MD. Oficialmente, Serra se mostrou disposto a permanecer no PSDB e disputar prévias.
Momento político
O senador mineiro fez uma avaliação dos principais fatos do cenário politico. Ele condenou a decisão de não cassar o deputado Natan Donadon. "Uma péssima decisão. Uma decisão que não honra o Congresso Nacional. Se ele (Donadon) foi condenado pela última instância da Justiça, não pode conviver no parlamento brasileiro. Isso mostra a necessidade clara de nós termos voto aberto para este tipo de votação em plenário."
Aécio também comentou a crise diplomática aberta com a Bolívia. Ele
disse que um governo do PSDB não assistiria passivamente um cidadão que
recebeu asilo político no Brasil ficar confinado em um cubículo dentro
da embaixada brasileira. "Isso é desumano. Faltou ali atitude corajosa e
clara do governo brasileiro. É incompreensível a passividade do governo
em relação a alguns países onde há alinhamento ideológico, em especial
com a Bolívia", afirmou.
O senador também opinou sobre as condições da importação de médicos
cubanos para o programa federal Mais Médicos. "Não tenho qualquer reparo
quanto à origem dos médicos. Acho até que há realmente necessidade de
levar médicos às regiões mais remotas do Brasil, mas acredito que o
Revalida seria uma iniciativa importante e a garantia de que eles
receberiam a mesma remuneração que vai receber o médico português e o
médico espanhol. Temo que de alguma forma essa discriminação possa
afrontar a Constituição", disse.
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