quinta-feira, 29 de agosto de 2013

'Espero que seja no PSDB', diz Aécio sobre papel de Serra na oposição

Apontado como possível candidato à Presidência da República, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, almoçou nesta quinta-feira (29)  em um restaurante dos Jardins, em São Paulo, com 18 dos 22 deputados estaduais  tucanos. Ele diz que realiza encontros regionais para discutir estratégias da legenda para as eleições do ano que vem, mas nega estar articulando sua candidatura.

Aécio disse que sua movimentação em São Paulo não tem objetivo de enfraquecer o nome do ex-governador José Serra em uma eventual disputa pela indicação do partido nas eleições presidenciais de 2014. "Existe uma mística de que eu e o Serra somos adversários. É o contrário. Temos mais convergências do que divergências e sabemos que nosso adversário não está dentro do PSDB, mas do lado de lá", afirmou.

Ao chegar ao evento, Aécio afirmou que tem respeito e admiração por Serra. "O ex-governador José Serra tem papel vital no encerramento desse ciclo do governo do PT. Eu sinceramente espero, acredito que seja dentro do PSDB. É legítimo que ele dispute qualquer cargo", disse Aécio, que diz manter conversas regulares com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e estímulo do governador Geraldo Alckmin.

O PPS já fez convite ao ex-governador para que se filie à sigla para disputar as eleições presidenciais em 2014. A mudança teria perdido força depois que o PPS não conseguiu se fundir ao PMN e criar o MD. Oficialmente, Serra se mostrou disposto a permanecer no PSDB e disputar prévias.

Momento político

O senador mineiro fez uma avaliação dos principais fatos do cenário politico. Ele condenou a decisão de não cassar o deputado Natan Donadon. "Uma péssima decisão. Uma decisão que não honra o Congresso Nacional. Se ele (Donadon) foi condenado pela última instância da Justiça, não pode conviver no parlamento brasileiro. Isso mostra a necessidade clara de nós termos voto aberto para este tipo de votação em plenário."

Aécio também comentou a crise diplomática aberta com a Bolívia. Ele disse que um governo do PSDB não assistiria passivamente  um cidadão que recebeu asilo político no Brasil ficar confinado em um cubículo dentro da embaixada brasileira. "Isso é desumano. Faltou ali atitude corajosa e clara do governo brasileiro. É incompreensível a passividade do governo em relação a alguns países onde há alinhamento ideológico, em especial com a Bolívia", afirmou.

O senador também opinou sobre as condições da importação de médicos cubanos para o programa federal Mais Médicos. "Não tenho qualquer reparo quanto à origem dos médicos. Acho até que há realmente necessidade de levar médicos às regiões mais remotas do Brasil, mas acredito que o Revalida seria uma iniciativa importante e a garantia de que eles receberiam a mesma remuneração que vai receber o médico português e o médico espanhol. Temo que de alguma forma essa discriminação possa afrontar a Constituição", disse.

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