Ciente da cultura rubro-negra de achar que tudo é uma maravilha nas
vitórias e que o time é o pior do mundo nas derrotas, o técnico Jayme de
Almeida tratou de repelir qualquer tipo de euforia com a goleada por 4 a
1 sobre o Criciúma, neste domingo, no Maracanã.
- Era um jogo de importância muito grande. No primeiro tempo, fizemos
uma partida muito boa, trabalhamos a bola. Entramos com Elias mais
adiantado. Carlos Eduardo estava cansado. Fomos felizes no que nos
propusemos. Fizemos dois gols de bola parada. O time do Criciúma é muito
perigoso, tem jogadores rápidos na frente. Nosso time está numa
situação que às vezes passa insegurança, como foi no segundo tempo. O
Criciúma cresceu. Mas o jogo acalmou, saíram os contra-ataques. O
resultado é de 4 a 1, mas sabemos que o Flamengo não está nenhuma
'oitava maravilha'. Temos que ter pés no chão. Estamos caminhando para
cada vez mais nos afastarmos dessa zona - analisou o técnico, que viu o
time abrir cinco pontos de vantagem em relação ao Z-4.
Embora ainda veja o Flamengo longe do ideal, Jayme elogiou o futebol
ofensivo praticado por sua equipe. Também observou que o time sofreu o
baque da expulsão de Felipe, aliado ao gol do Criciúma, mas considerou o
saldo positivo. Chances de rebaixamento e a união com a torcida foram
outros temas que você confere na entrevista abaixo:
Mérito da equipe e formação
- Fizemos uma formação com Amaral e Luiz Antonio mais por trás, mas
saindo, dando liberdade para Elias e André Santos. Atacamos bem. Jogamos
um futebol muito ofensivo. O resultado de 4 a 1 foi porque criamos
bastante e fizemos o resultado.
Queda no segundo tempo
- Existe uma insegurança. Tenho a certeza de que o time sentiu pouco ao
sofrer o gol, ao perdermos um jogador expulso. O Criciúma veio para
cima. Ficamos bastante encurralados. Não queria sair daqui com uma
vitória apertada, até pela auto-estima dos nossos jogadores. Estamos
ficando cada vez mais fortes para sair dessa situação o mais rápido
possível e ter tranquilidade.
Ataque rubro-negro
- Temos trabalhado para melhorar nos índices. É uma preocupação a
equipe fazer poucos gols. O Flamengo precisa de qualidade e
determinação. O tempo é curto, quarta e domingo, não dá muito tempo para
trabalhar. O Flamengo tem que jogar futebol. Nesses três jogos em que
estou no comando, está caminhando num passo legal. Contra o Náutico
criamos chances e perdemos gols. A situação continua difícil. Vou trocar
o menos possível e dar mais determinação ao grupo.
Situação do time
- A rodada era fundamental. Se perde ou empata, olha a pressão, olha o
jogo de quarta-feira (contra o Coritiba, no Paraná). Fiquei feliz pelo
empenho. Legal que nos propusemos a fazer uma coisa e tem dado certo.
Podemos continuar nesse caminho. Esse resultado nos dá mais
tranquilidade. Será um jogo dificílimo com o Coritiba. Temos que
pontuar. Acho que o que falta é uma sequência de resultados. O Flamengo
sobe e para. Vamos tentar subir dois, três degraus para nos afastarmos
da zona.
Briga com rebaixamento
- Seria leviano se dissesse que acabou o risco. Precisamos trabalhar
muito para sair dessa situação. O perigo continua e temos consciência
disso. Não tem um jogo fácil. Sabemos disso.
Turma da mureta
- Procuro me concentrar no jogo. Acho legal, tenho muito respeito, me
deram uma toalhinha. Mas tenho que prestar atenção no jogo. Não tem como
interagir. Se for uma coisa sem maldade e violência, é legal. Tomara
que junto com eles tiremos o Flamengo dessa situação.
União com a torcida
- É uma torcida de 40 milhões. Quem jogou ou joga aqui sabe a
importância. Ajuda muito. Tenho recordações bacanas. A torcida tem que
estar junto com a equipe, mas o time precisa fazer com que a torcida se
sinta forte. Tem que haver essa simbiose.
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