sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Agripino critica desperdícios bilionários de empréstimos privilegiados concedidos pelo BNDES

Em discurso na tribuna do Senado nesta quinta-feira (10), o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), criticou o que chamou de “empréstimos privilegiados” do governo federal – via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – a empresas eleitas, pelo próprio Executivo, como “campeãs nacionais”. O parlamentar potiguar lembrou que, desde 2007,foram aplicados R$ 20 bilhões em empresas companheiras do governo do PT.

Numa mesma semana, dois fatos mostraram o tamanho do fracasso dessa política petista. O conglomerado da OGX, produção do empresário Eike Batista na qual o BNDES financiou R$ 10,4 bilhões, desandou. A empresa Oi, produto da fusão da Telemar com a Brasil Telecom, tornou-se uma campeã nacional portuguesa, fundindo-se com a Portugal Telecom. Em 2010, o BNDES e os fundos de pensão tinham 49% da empresa. A nova “supertele” nasce com uma dívida de R$ 45,6 bilhões. Novamente, receberá recursos do BNDES e dos fundos companheiros.

“Essa responsabilidade é do governo federal. Foi ele quem resolveu eleger as campeãs nacionais para serem ajudadas pelo BNDES. Foram empréstimos privilegiados que hoje significam um grande malogro para o Executivo”, ressaltou Agripino. “Ou o Brasil acorda para equívocos como esse ou vamos para o fundo do poço”, acrescentou. O parlamentar lembrou que tem um projeto de lei, em tramitação no Senado, que obriga o presidente do BNDES a ir duas vezes por ano à Casa prestar contas dos investimentos da instituição.

Outros fracassos do BNDES
Durante o discurso, o senador citou outros investimentos bilionários fracassados do BNDES, como os frigoríficos Marfrig, que tomou R$ 3,6 bilhões no banco, e o Bertin, vendido logo depois de o BNDES entrar na empresa. Segundo Agripino, fracassos como esses, além de afetarem a economia do país como um todo, afastam investidores em potencial. “Os milhares de empresários, que buscam lucro para seus negócios, diante de um quadro de fracasso como esse, não investem nem aumentam a produção. O resultado disso? Mais inflação que pesa no bolso do cidadão comum”, destacou.

Depois de desperdícios bilionários, o BNDES anunciou que abandonou a estratégia da criação dos “campeões nacionais”. “Ou a gente faz esse país acordar ou no próximo ranking das economias mundiais o Brasil estará na rabeira, no 15º lugar”, disse. “A balança comercial de hoje está exibindo números ridículos por falta de planejamento e de visão sistêmica. Nesse governo não há consolidação de um plano de infraestrutura para gerar emprego e renda de forma sustentada para o povo brasileiro”, criticou.

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