O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou
para esta quarta-feira (13) a votação dos dois turnos da chamada PEC do
Voto Aberto, que põe fim ao voto secreto em todas as votações do
Congresso e dos Legislativos estadual e municipal.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013 foi aprovada há duas
semanas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, devido à falta
de acordo entre líderes partidários, ainda aguarda análise em dois
turnos do plenário do Senado para ser promulgada.
Renan Calheiros negou nesta terça-feira (11) que senadores e deputados façam “jogo de empurra” na análise da PEC do Voto Aberto, conforme disse o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.
O “jogo” ocorre, segundo Alves, porque dois projetos diferentes que
tratam sobre o fim do voto secreto tramitam no Congresso, um na Câmara e
outro no Senado. Ambos estão prontos para análise em plenário, mas
abrem a votação em diferentes circunstâncias.
O projeto que deverá ser analisado pelos senadores nesta quarta-feira
acaba com o voto secreto em todas as deliberações de Câmara, Senado,
Congresso Nacional e também estende seus efeitos às assembleias
legislativas dos estados, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e às
câmaras municipais.
A proposta em tramitação na Câmara prevê o fim do voto secreto apenas
em processos de cassação, mantendo sigilosas as apreciações de vetos
presidenciais e de indicação de autoridades, como ministros do Supremo
Tribunal Federal e do Procurador-Geral da República.
Em entrevista na noite desta quarta-feira, Renan negou que haja “jogo
de empurra”. “Muito pelo contrário. É que o processo legislativo é
demorado mesmo. O importante é trabalhar, construir uma convergência
para avançar na pauta. Mas o Senado tem votado como nunca”, afirmou.
Renan Calheiros adiantou o início da ordem do dia desta quarta-feira
das 16h para as 15h na tentativa de garantir quórum para a votação da
PEC. Isso porque vários parlamentares deverão antecipar a saída de
Brasília nesta quarta-feira devido ao feriado da Proclamação da
República, na sexta-feira (15).
Para o senador, não há crise com o presidente da Câmara. “Eu tenho com o
presidente Henrique a melhor relação e me dedico todos os dias para nós
aprimorarmos o bicameralismo no Brasil. Para que isso aconteça, é
preciso entender esses excessos”, afirmou.
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