Após 24 penalidades, com direito a cavadinha, defesa de um lado e de
outro, chute no chão, gol de goleiro e até jogador saindo de maca após
acertar sua cobrança, o México derrotou o Brasil por 11 a 10 (1 a 1 no
tempo normal) e garantiu vaga na semifinal do Mundial sub-17. Gabriel e
Mosquito, na segunda série, desperdiçaram para o time canarinho, que
perdeu a chance de lutar pelo tetracampeonato da categoria. Rivas errou a
sua finalização para os rivais.
No tempo normal, os gols
saíram no segundo tempo. Ochoa marcou para o México aos 35. Nathan
deixou tudo igual para o Brasil três minutos depois. Nas semifinais, na
terça-feira, às 11h (de Brasília), em Abu Dhabi, o México vai encarar o
vencedor de Argentina x Costa do Marfim, que se enfrentam neste sábado,
em Sharjah.
Mais uma vez o México voltou a assombrar o
Brasil. No ano passado, o time bateu a Seleção na final das Olimpíadas
de Londres, em Wembley, e ficou com a medalha de ouro. Naquela ocasião, a
equipe canarinho contava com nomes como Neymar, Thiago Silva e Oscar.
Agora, os meninos brasileiros veem o sonho do tetra mundial virar
pesadelo.
Jogo morno na etapa inicial
Mesmo
sem mostrar um bom futebol, o Brasil foi levemente superior ao México
na etapa inicial. Porém, a chance mais clara de gol foi do time rival.
Aos 36 minutos, Ochoa foi lançado, invadiu a área e tocou na saída do
goleiro Marco, que esticou a perna e fez uma ótima defesa, evitando o
primeiro gol da equipe mexicana.
Com o lance, o time
canarinho acordou na partida. Em lance semelhante ao gol de Ronaldinho
Gaúcho na Copa de 2002 contra a Inglaterra, Índio quase colocou o Brasil
em vantagem. O jogador cobrou falta e acertou o travessão do goleiro
Gudiño.
No fim, Caio fez jogada individual e soltou a bomba de
fora da área. A bola passou por cima do gol mexicano. Gudiño ficou
apenas acompanhando o lance.
Tudo igual no segundo tempo
Na volta para o segundo tempo, a partida caiu ainda mais de
qualidade. O Brasil até tinha mais posse de bola, mas não assustava o
goleiro mexicano. Disposto a vencer a partida no tempo normal, Alexandre
Gallo mexeu na equipe brasileira: Caio e Índio deixaram o campo para as
entradas de Léo Pereira e Gabriel (ou Gabigol).
A má atuação
do Brasil foi castigada aos 35 minutos. Após cobrança rasteira de falta
na entrada da área, Díaz desviou e a bola sobrou para Ochoa,
completamente livre dentro da área. O atacante só teve o trabalho de
escorar para a rede para colocar o Brasil em vantagem.
Porém, o
time de Alexandre Gallo não desistiu. E, três minutos depois, Nathan
deixou tudo igual. O jogador recebeu dentro da área e finalizou em cima
da zaga. Na sobra, o mesmo meia do Atlético-PR chutou de canhota e
empatou.
Decisão por pênaltis
Com
o empate no tempo normal, a vaga na semifinal foi decidida nos
pênaltis.Na primeira série, Rivas desperdiçou para o México. O goleiro
Marcos Felipe fez a defesa. Na cobrança que poderia selar a
classificação brasileira, Gabriel chutou nas mãos de Gudiño.
A
partir daí, nem México, nem Brasil erraram mais. Todos os jogadores
cobraram, até os goleiros Marcos Felipe e Gudiño. Boas cobranças,
cavadinha e até gol com chute no chão do zagueiro Eduardo. Mesmo assim,
ninguém desperdiçou.
Auro, que estava machucado, também
converteu a penalidade, a penúltima da primeira série. Em seguida, o
jogador, que já estava se queixando de dores musculares, despencou no
gramado e foi retirado de maca para a lateral do campo.
Na
sequência, logo na primeira cobrança da segunda série, Mosquito errou e
deixou a decisão nas mãos de Marcos Felipe. Porém, o pé direito de Díaz
foi mais eficaz, colocou a bola na rede e garantiu o México na
semifinal.
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