domingo, 8 de dezembro de 2013

Aécio apela a paulistas: 'Me façam vencer em SP que eu venço no Brasil'

O presidente nacional do PSDB, senador mineiro Aécio Neves, fez um discurso de apelo aos paulistas, na noite desta sexta-feira (7), quando se apresentou "talvez" como o primeiro candidato tucano à Presidência da República de fora do estado de São Paulo – os demais foram Mário Covas (1989), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), José Serra (2002 e 2010), Geraldo Alckmin (2006).

Na noite desta sexta e na manhã deste sábado, Aécio esteve em duas das maiores cidades paulistas (Campinas e Sorocaba) para encontros com deputados, prefeitos, vereadores, lideranças e militantes do partido.

Em Campinas, após admitir estar "esquentando os motores" para as eleições do ano que vem, ele pediu à plateia: "Me façam vencer as eleições em São Paulo que eu venço as eleições no Brasil".
No discurso, também fez fez referência a figuras emblemáticas do PSDB no estado:

"Não é fácil para um mineiro se apresentar aqui, depois da redemocratização – talvez, hoje apenas um talvez – como o primeiro candidato não paulista do PSDB à Presidência da República. Posso não ter tido a oportunidade de nascer em terras paulistas, mas levarei comigo, se couber a mim essa responsabilidade, os valores de Mário Covas, os valores do PSDB de Fernando Henrique, a decência e a operosidade que marcaram alguns dos mais importantes homens públicos deste país."

Antes de um encontro com empresários, em Campinas, o tucano comentou sobre possíveis alianças para o pleito do ano que vem que, além dele e da presidente Dilma Rousseff (PT), tem como possível candidatos o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Em entrevista, disse que uma aproximação entre PSDB e PSB "ocorrerá com naturalidade", ainda que não "no primeiro momento".

A mais recente pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo”, em 30 de novembro, indica que a presidente Dilma Rousseff teria 47% dos votos e venceria a eleição no primeiro turno, caso tivesse os dois como adversários. Nesse cenário, Aécio teria 19% e Campos 11%. Votos em branco ou nulos seriam a opção de 16% e outros 7% que não saberiam em quem votar.

PT
No discurso sobre um palanque, cercado de militantes do interior paulista, Aécio Neves fez críticas enérgicas ao PT, que, segundo ele, tornou-se "um partido unicamente com projeto de poder". O senador afirmou que, pelo bem da própria legenda, o PT deve deixar a Presidência.

"A verdade é que a gente merece muito mais do que nós estamos tendo. A verdade é que, para o bem do próprio PT, se ainda quer representar alguma coisa na história da política brasileira, está na hora de eles fazerem um longo estágio na oposição para, quem sabe, se reencontrarem com os valores perdidos, com as ideias jogadas ao léu."

Mensalão
Sobre as prisões de mais quatro condenados no processo do mensalão, Aécio afirmou que o processo precisa ser encerrado "para que o Brasil não continue vivendo naquela sensação da impunidade eterna para os poderosos".

Ele criticou o fato de militantes do PT afirmarem que seus filiados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são "presos políticos". O tucano disse que, com essa atitude, o PT faz "um mal enorme para a democracia" e que, em caso de alguma condenação no chamado mensalão tucano, o comportamento do PSDB será diferente.

"Amanhã, se houver a comprovação de um ato ilícito de qualquer cidadão, e se for filiado ao PSDB, vamos manter essa postura. Vamos respeitar o julgamento do Supremo Tribunal Federal. Não vamos fazer como faz o PT, de querer transformar em punição política algo que foi um crime comum: dinheiro público usado para manutenção de um projeto de poder."

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