A seção paulista da Rede Sustentabilidade aprovou ontem um manifesto em
defesa de uma candidatura própria ao governo de São Paulo e contra o
apoio ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas anunciou acordo para
testar a receptividade do apoio do PSB à reeleição do tucano, como
pleiteia a cúpula socialista, antes da formalização de eventual aliança.
Ficou acertado que os dois partidos, que se aliaram depois que a Rede
não conseguiu o registro da Justiça Eleitoral, farão pesquisas
qualitativas no início de 2014 para embasar a decisão.
Os dois lados trataram a pesquisa como vitória: a Rede considera que os
resultados podem reverter a decisão do PSB de apoiar Alckmin.
Socialistas dizem que a pesquisa lhes dará novos elementos para endossar
a aliança com o tucano.
O acordo para a realização da sondagem foi feito na semana passada entre
Pedro Ivo Batista, coordenador de organização da sigla criada pela
ex-senadora Marina Silva, e o deputado Márcio França, presidente do
PSB-SP, e foi anunciado ontem durante uma reunião da Rede na capital
paulista.
O parlamentar é o principal defensor da aliança com Alckmin e pretende
ser indicado como vice do tucano em uma eventual coligação.
Já os apoiadores de Marina defendem que o PSB lancem o deputado Walter Feldman, aliado da ex-senadora, para o governo.
No domingo passado, Feldman se reuniu com Geraldo Alckmin para dizer que
seria muito difícil que a Rede apoiasse o tucano e chegou a afirmar que
Marina não subirá no palanque do PSDB.
Segundo Márcio França, as pesquisas qualitativas testarão a
receptividade dos eleitores de Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à
Presidência, a uma aliança estadual com Alckmin.
Ele afirma que pesquisas internas do PSB já indicam que uma grande
parcela do eleitorado de Campos em São Paulo tende a votar no tucano
para governador. Acredita que esse grupo possa favorecer o
presidenciável na disputa com o senador Aécio Neves (PSDB) por uma vaga
no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).

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