Presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SP) disse na
tarde deste sábado (25) que fará "de tudo" para eleger o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) presidente da República. A declaração selou oficialmente
a aliança de seu partido com o pré-candidato dos tucanos.
A fala aconteceu durante evento de comemoração do aniversário do
deputado, num ato que reuniu dezenas de sindicalistas. Paulinho é
dirigente da Força Sindical.
No palanque ao lado do tucanos, o deputado fez ataques à presidente
Dilma Rousseff, que segundo ele promove uma política malefícios para os
trabalhadores e que penaliza os mais pobres.
Ele citou projetos que pregam mudanças no pagamento do
seguro-desemprego, a resistência ao fim do fator previdenciário e a uma
reforma no cálculo das aposentadorias como exemplos.
"O meu candidato à Presidência é o Aécio Neves. Nosso partido vai decidir oficialmente o apoio à sua campanha", disse.
Aécio, por sua vez, se comprometeu a estabelecer já no programa de
governo compromissos com a pauta dos sindicatos. Ele, que era presidente
da Câmara doa Deputados quando o fator previdenciário foi aprovado no
governo de Fernando Henrique Cardoso, disse agora que o assunto precisa
ser debatido "politicamente".
"A minha posição pessoal não importa. Vamos fazer um debate político sobre o assunto".
INFLAÇÃO
Aécio aproveitou o encontro para criticar o discurso da presidente Dilma
Rousseff em Davos. Segundo ele, a declaração de Dilma mostra um país
que não tem conexão com o Brasil real.
"A presidente fala que o Brasil sempre busca alcançar o centro da meta
inflacionária. Ela vai terminar o mandato lutando e contendo preços como
de combustíveis, como de transportes, como de tarifas de energia, para
não ultrapassar o teto da meta".
O tucano usou dados sobre a evolução dos preços da cesta básica para
afirmar que a "propaganda oficial não consegue mascarar a realidade".
Criticou ainda a "maquiagem" para alcançar o superavit primário e um
saldo mínimo na balança comercial.
"Infelizmente o que estamos assistindo hoje no Brasil é uma desconfiança
generalizada. Por isso, acredito que é hora de a oposição voltar a
governar o Brasil".
O governador Geraldo Alcino também participou do evento e saudou Aécio como um político "inspirado em JK".
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