A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (23), após
reunião com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que "os estádios são
obras relativamente simples", ao defender a capacidade do Brasil em
receber os visitantes para a Copa do Mundo.
"O governo brasileiro – eu estou em janeiro – fará todo... tem todo o
empenho, e não é só nos estádios, os estádios são obras relativamente
simples, fará todo o empenho para ser a Copa das Copas. Isso inclui
estádios, aeroportos, portos, e inclui todas as obras necessárias para
que a gente seja o país que bem recebe todos aqueles que vão nos
visitar", disse.
A declaração foi feita no final de uma entrevista à imprensa após o encontro com Blatter. Dilma já havia terminado, quando pediu "só um instantinho" para falar.
A declaração foi feita no final de uma entrevista à imprensa após o encontro com Blatter. Dilma já havia terminado, quando pediu "só um instantinho" para falar.
Na véspera, Dilma já havia se manifestado sobre os estádios da Copa ao
comentar a possibilidade de o estádio em Curitiba, que corre o risco de
ficar fora do torneio por conta de atrasos.
"Aquilo que Nelson Rodrigues dizia: não é possível pensar no pior. Pelo
contrário. Eu acredito que todos, o governador, o prefeito e os
empresários que são responsáveis pelo estádio de Curitiba irão fazer o
estádio no prazo. É algo que eu tenho certeza", disse nesta quarta,
durante a inauguração da Arena Dunas, em Natal (RN). "Eu acho que o
Brasil tem de apostar a seu favor, não contra", completou.
Em sua declaração à imprensa, Dilma também falou que a Copa, além de
deixar melhorias para o povo brasileiro, também deixará um legado de
valores para o mundo. Por isso, ela disse apoiar a proposta da Fifa de
tornar a luta contra o preconceito uma das bandeiras da Copa.
"O Brasil é um país que teve no futebol também um momento importante,
pelo qual uma parte de seu povo, sistematicamente alijado de suas
riquezas, se afirmou. Em que jogadores negros se transformaram em heróis
nacionais", declarou.
A petista relatou ter conversado com o secretário-geral da ONU, Ban
Ki-Moon, para que a Copa seja "um movimento de afirmação da paz entre os
homens".
O encontro entre Dilma e Blatter ocorre em meio aos preparativos para a
Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil entre junho e julho
deste ano. Uma comitiva da Fifa, chefiada pelo secretário-geral da
entidade, Jérôme Valcke,
está no país para acompanhar a preparação das cidades-sede da
competição e dos estádios que serão palco de jogos durante o Mundial.
Antes de se reunirem a portas fechadas, Blatter mostrou a Dilma as
bolas oficiais usadas nas Copas do Mundo, inclusive a Brazuca, que será
usada no Brasil, em junho. Apesar dos diversos atrasos registrados nas
obras de estádios e mobilidade urbana, Dilma voltou a afirmar que o
Brasil "está preparado para realizar a Copa das Copas".
'Tarde demais'
Blatter também falou após o encontro. "Não há país melhor para se falar de futebol", disse. "No final, tudo estará bem, sobretudo no Brasil", acrescentou o dirigente.
Blatter também falou após o encontro. "Não há país melhor para se falar de futebol", disse. "No final, tudo estará bem, sobretudo no Brasil", acrescentou o dirigente.
O presidente da Fifa anunciou que, durante o evento de abertura da
Copa, no dia 12 de junho, será liberada uma pomba branca na solenidade,
simbolizando a paz. A iniciativa, explicou Blatter, contará com o apoio
da fundação responsável pelo Prêmio Nobel.
O otimismo de Blatter com relação ao andamento das obras brasileiras
para a Copa contrasta com declarações que ele deu à imprensa europeia no
início do ano.
Em 5 de janeiro, o dirigente da entidade esportiva afirmou em
entrevista à imprensa suíça que o Brasil vem acumulando atrasos nas
obras para a Copa do Mundo deste ano porque começou “tarde demais” a se
preparar para o mundial.
“O Brasil acabou de se dar conta que começou tarde demais. É o país com
mais atrasos desde que estou na Fifa e foi o que teve mais tempo, sete
anos, para se preparar”, disse o presidente da entidade máxima do
futebol.
No entanto, após as críticas, Blatter afirmou ter certeza de que
“apesar do pessimismo de muitas pessoas, o mundial será o maior de todos
os tempos, porque o Brasil é um continente de 200 milhões de
apaixonados por futebol”.
Blatter afirmou ter a confiança de que os estádios ficarão prontos e
lembrou que na Copa do Mundo da Itália, em 1990, cadeiras foram
colocadas na véspera de uma partida.

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