Muita gente fica se perguntando, nos dias de hoje, o que é o IPTU. Um imposto que anualmente é cobrado ao cidadão, ainda causa dúvidas e estranhezas a algumas pessoas. Portanto vamos falar um pouco sobre ele.
O Imposto predial territorial urbano (IPTU) é um imposto brasileiro instituído pela Constituição Federal cuja incidência se dá sobre a propriedade urbana. Ou seja, o IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de propriedade imóvel localizada em zona urbana ou extensão urbana. Em caso de áreas rurais, o imposto sobre a propriedade do imóvel é o ITR. Os contribuintes do imposto são as pessoas físicas ou jurídicas
que mantém a posse do imóvel, por justo título. A função do IPTU é
tipicamente fiscal, embora também possua função social. Sua finalidade
principal é a obtenção de recursos financeiros para os municípios,
embora ele também possa ser utilizado como instrumento urbanístico de
controle do preço da terra.
Atualmente ele é definido pelo artigo 156 da Constituição de 1988, que caracteriza-o como imposto municipal, ou seja, somente os municípios têm competência para aplicá-lo. A única exceção ocorre no Distrito Federal, unidade da federação que tem as mesmas atribuições dos Estados
e dos municípios. No Brasil, o IPTU costuma ter papel de destaque entre
as fontes arrecadatórias municipais, figurando muitas vezes como a
principal origem das verbas em municípios médios, nos quais impostos
como o ISS (Imposto Sobre Serviços, outro imposto municipal brasileiro de considerável importância) possuem menor base de contribuintes.
A base de cálculo do IPTU é o valor venal
do imóvel sobre o qual o imposto incide. Este valor deve ser entendido
como seu valor de venda em dinheiro à vista, ou como valor de liquidação
forçada. É diferente de seu valor de mercado, onde o quantum
é ditado pela negociação, aceitação de parte do preço em outros bens,
entre outros artifícios, enquanto aquele, isto é, o valor venal, é
ditado pela necessidade de venda do imóvel em dinheiro à vista e em
curto espaço de tempo. Por isso, o valor venal de um imóvel pode chegar a
menos de 50% de seu valor de mercado. A alíquota utilizada é estabelecida pelo legislador municipal, variando conforme o município.
O papel social do IPTU
O IPTU é considerado uma ferramenta de promoção da função social
da propriedade privada no Brasil. O artigo 182 da Constituição Federal
de 1988 define esta função, o que, na história do Brasil, é considerado
fato inédito. A partir de 2001, porém, o Estatuto das Cidades,
que estabeleceu as diretrizes gerais da política urbana e foi
instituído pela Lei nº 10.257, de 10 de julho 2001, passa a regulamentar
esta função social e estabelece uma série de instrumentos urbanísticos a
serem aplicados pelas prefeituras como forma de sua promoção.
Entre estes instrumentos se encontra a progressividade do IPTU ao longo do tempo. O instrumento, normalmente conhecido como IPTU progressivo no tempo,
determina que qualquer propriedade privada urbana que não esteja,
comprovadamente, cumprindo sua função social possa ser gradativamente
mais taxada, com um valor cada vez mais superior ao valor de base. Após a
regulamentação dos Artigos 182 e 183 da Constituição Federal pelo
Estatuto das Cidades, a alíquota máxima a ser aplicada para cobrança do
IPTU progressivo no tempo foi definida em 15% (Parágrafo 1º do Artigo 7,
Seção III). Segundo os especialistas de urbanismo e planejamento urbano
que defendem o Estatuto das Cidades, este instrumento faz com que os
típicos grandes terrenos ociosos existentes nas cidades brasileiras,
mantidos vazios devido ao interesse especulativo
de seus proprietários, tenham dois encaminhamentos: de um lado, o
proprietário pagará uma contraparte onerosa maior ao Poder Público (a
qual seria, idealmente, investida em iniciativas de acesso à terra e à
moradia) e por outro lado, o proprietário finalmente venderia o imóvel e
interromperia o processo especulativo.
Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre
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