A China
começou a procurar dentro do território do seu país por pistas que
levem ao Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu com 239
pessoas a bordo, informou a agência de notícias Reuters citando o
embaixador chinês na Malásia Huang Huikang.
A busca pelo Boeing se concentra em dois amplos corredores em terra e
mar (veja mapa ao lado). O corredor sul é o privilegiado pelas
autoridades, enquanto o norte passa sobre vários países cujos radares
militares podem ter detectado um Boeing 777.
O território chinês está entre uma das possíveis rotas . A Malásia já
pediu ajuda aos 11 países que compõem este caminho para saber se seus
radares captaram algum voo que não estava programado. Índia e Paquistão já responderam que não registraram a presença do 777.
Em busca de informações que pudessem esclarecer o mistério sobre o voo
MH370, Pequim investigou a vida de passageiros chineses e descartou
qualquer envolvimento deles no sumiço do avião.
Segundo a agência France Presse, não há "elementos" que liguem os
cidadãos chineses ao episódio. "Nós não encontramos nenhuma evidência de
que os passageiros chineses foram capazes de sequestrar o avião ou
serem autores de um ataque, disse o embaixador chinês na Malásia, de
acordo com a agência oficial Xinhua.
Pilotos
As investigações se concentram na cabine dos pilotos e nas últimas palavras recebidas em terra, pronunciadas pelo copiloto, que coincidiram com o momento em que os principais sistemas de comunicação da aeronave foram desligados.
As investigações se concentram na cabine dos pilotos e nas últimas palavras recebidas em terra, pronunciadas pelo copiloto, que coincidiram com o momento em que os principais sistemas de comunicação da aeronave foram desligados.
À 1H19 de sábado 8 de março (14h19 de sexta-feira no horário de
Brasília), 38 minutos após a decolagem do Boeing 777 de Kuala Lumpur com
destino a Pequim, o controle aéreo registrou a última comunicação oral a
partir da cabine do piloto: "Tudo bem, boa noite".
O sistema ACARS (Aircraft Communication Addressing e Reporting System),
que permite a troca de informações entre a aeronave em voo e o centro
operacional de uma companhia aérea, emitiu um último sinal à 1h07. Ele
deveria voltar a emitir meia hora depois, à 1h37. A desativação deste
sistema é necessariamente realizada por um piloto ou uma pessoa com
conhecimentos na área, de acordo com especialistas.
'Míssil'
O transponder, um outro dispositivo crucial, que envia informações sobre a posição da aeronave, foi deliberadamente desligado dois minutos após a mensagem atribuída ao copiloto. O avião desapareceu dos radares civis à 1h30. Os dados coletados desde então permitem afirmar que o avião mudou de direção entre a Malásia e o Vietnã e continuou voando por quase sete horas.
O transponder, um outro dispositivo crucial, que envia informações sobre a posição da aeronave, foi deliberadamente desligado dois minutos após a mensagem atribuída ao copiloto. O avião desapareceu dos radares civis à 1h30. Os dados coletados desde então permitem afirmar que o avião mudou de direção entre a Malásia e o Vietnã e continuou voando por quase sete horas.
Radares militares malaios detectaram um sinal na mesma madrugada, posteriormente identificado como vindo do voo MH370
"Algo aconteceu com o piloto", afirmou em Washington o presidente do
Comitê de Segurança Interna na Câmara dos Representantes, Michael
McCaul, que disse contar com relatórios da "segurança interna" do
serviço de contra-terrorismo e inteligência'. Ele também especulou que o
avião pode ter sido sequestrado e escondido para uso posterior de
"míssil".
Autoridades malaias enfatizam que o histórico de todas as 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros, foi analisado.
O copiloto teria convidado uma jovem passageira à cabine durante um voo
entre a Tailândia e Kuala Lumpur em 2011, uma atitude contrária aos
regulamentos desde os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Dois caminhos
Mas os dois pilotos não pediram para trabalhar juntos neste voo e nada durante as buscas em suas casas foi encontrado que possa incriminá-los, insistiram as autoridades da Malásia.
Mas os dois pilotos não pediram para trabalhar juntos neste voo e nada durante as buscas em suas casas foi encontrado que possa incriminá-los, insistiram as autoridades da Malásia.
Um sinal de satélite teria mostrado o Boeing 777 em um espaço pouco
provável, entre o norte da Tailândia e a Ásia central, tendo como
destinos Índia ou Cazaquistão. Outra possibilidade, mais lógica, é uma
área entre a Indonésia e o Oceano Índico.
Mas o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, afirmou nesta
segunda-feira que não recebeu nenhuma informação sobre a possibilidade
de que o Boeing 777 da Malaysia Airlines tenha sobrevoado as costas do
país.
O número de países envolvidos nos esforços para encontrar a aeronave
chega a 26. A França enviou três investigadores especializados, entre
eles Jean-Paul Troadec, ex-diretor do Escritório de Investigação a
Análise (BEA) que investigou o acidente do voo AF447 Rio-Paris da Air
France em junho de 2009.
O colégio francês de Pequim, onde estudavam três adolescentes a bordo do MH370, recebeu nesta segunda-feira uma equipe de especialistas, que pretendem fornecer assistência psicológica aos alunos. As famílias dos passageiros chineses expressavam sua indignação, acusando as autoridades malaias de dissimulação e de 'dizer qualquer besteira'.
O colégio francês de Pequim, onde estudavam três adolescentes a bordo do MH370, recebeu nesta segunda-feira uma equipe de especialistas, que pretendem fornecer assistência psicológica aos alunos. As famílias dos passageiros chineses expressavam sua indignação, acusando as autoridades malaias de dissimulação e de 'dizer qualquer besteira'.
'Apenas o governo malaio sabe a verdade. Ele tem dito qualquer besteira
desde o início', reclamou Wen Wancheng, de 63 anos, cujo filho estava a
bordo do Boeing 777.
G1
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