sábado, 26 de abril de 2014

Busca de avião da Malásia poderá levar anos, diz autoridade dos EUA

A procura do avião desaparecido da Malaysia Airlines provavelmente vai se arrastar por anos, disse uma autoridade sênior de defesa dos Estados Unidos nesta sexta-feira (25), enquanto a busca submarina de indícios dos destroços do voo MH370 na costa oeste da Austrália parece ter falhado.
 
O funcionário, que não quis se identificar porque não está autorizado a comentar sobre o esforço de rastreamento, disse que as duas semanas de varreduras no oceano Índico com um aparelho submersível da Marinha norte-americana não produziu nenhum resultado.
 
Ele afirmou que a busca pelo avião que desapareceu em 8 de março, com 239 pessoas a bordo, iria agora entrar numa fase de investigação muito mais difícil, já que serão averiguadas áreas mais amplas do oceano, perto do local onde se acredita que o avião tenha caído.
 
"Nós entramos em toda essa pequena área e não encontramos nada. Agora será preciso voltar para a grande área", disse o funcionário à Reuters. "E agora estamos falando em anos."
 
O submergível Bluefin-21 conclui nesta sexta o que pode ser a última de suas viagens de 16 horas por dia a profundidades de mais de 4,5 km, com buscas numa área de 10 km² no fundo do mar, cerca de 3.200 km a noroeste da cidade australiana de Perth.
 
Funcionários da equipe australiana de busca disseram que apesar de ter completado 95% de sua pesquisa-alvo, o submarino controlado remotamente não conseguiu localizar nenhum sinal do avião.
 
As autoridades identificaram a área como o local mais possível da queda do avião, depois de detectarem em 4 de abril o que suspeitavam ser um sinal, ou "ping", de gravador da caixa-preta da aeronave.
 
Embora os esforços mais promissores tenham focado debaixo d'água, a busca aérea e na superfície continuaram nesta sexta com até oito aeronaves militares e 10 navios que trabalham em pesquisas visuais de uma área de aproximadamente 49 mil km².
 
Mas a autoridade dos EUA disse que a Malásia terá agora de decidir como proceder, inclusive se coloca mais veículos subaquáticos não tripulados na busca, mesmo sabendo que a pesquisa poderá levar anos sem uma área precisa.
 
A Malásia está sob crescente pressão internacional para melhorar a divulgação de sua investigação sobre o desaparecimento do avião, que realizava um voo noturno de Kuala Lumpur a Pequim quando desapareceu.
 
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, disse à emissora CNN nesta quinta que na semana que vem seu governo vai tornar público um relatório preliminar sobre o desaparecimento do avião.
 
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Qin Gang, reiterou que o governo da Malásia deve "responder ativamente às demandas razoáveis ​​e direitos legais" das famílias.
 
"Ao mesmo tempo, esperamos que as famílias dos passageiros possam expressar suas demandas de forma legal e por meios racionais", disse Qin em seu contato diário com a imprensa.
 
Apesar da notícia aparentemente desanimadora desta sexta, nenhum dos envolvidos no esforço de busca citou publicamente a possibilidade de encerrar as operações.

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