sexta-feira, 4 de abril de 2014

Ministro da Defesa assina acordo na Suécia para expandir parceria militar

O ministro Celso Amorim (Defesa) assinou nesta quinta-feira (3), em Estocolmo, uma série de acordos junto ao governo sueco para garantir a ampliação da parceria militar entre Brasil e Suécia. O objetivo é possibilitar que, além dos 36 caças para a Aeronáutica já negociados, o Brasil possa adquirir futuramente outros equipamentos e tecnologias de defesa.

Entre as possibilidades, segundo apurou o portal de notícias G1, está a troca de conhecimentos em software para o Centro de Defesa Cibernética do Exército. Em atividade desde 2012, o centro foi desenvolvido para barrar invasões pela internet de sistemas fechados das Forças Armadas e de outros órgãos públicos, já tendo atuado na Rio +20 e na Copa das Confederações.

As conversas ainda estão em estágio inicial, mas os acordos permitem ao Brasil conhecer o que está sendo desenvolvido no país escandinavo. Além da intenção de obter expertise dos suecos contra ataques virtuais, os acordos assinados permitem também parcerias futuras, por exemplo, para montagem de mísseis e embarcações para a Marinha.
 
Caças Os documentos, segundo a Defesa, também dão respaldo jurídico para possibilitar a assinatura de contratos, incluindo o que deve ser firmado até o final deste ano para a aquisição dos 36 jatos Gripen NG da Saab, cuja escolha foi anunciada em dezembro, pelo valor de US$ 4,5 bilhões.
 
No encontro que teve com a ministra da Defesa da Suécia, Karin Enström, Amorim reforçou a intenção do Brasil de obter ampla transferência de tecnologia, conforme prometido pela Suécia durante a concorrência para fornecer os caças. A principal exigência é o acesso a códigos-fonte da aeronave, que possibilitariam ao Brasil equipá-lo com armas e outros itens produzidos no país.
 
Além disso, concluída a transferência de tecnologia, o Brasil quer que 80% da produção de caças possa ser feita no país, com possibilidade de vender os jatos para outros países com os quais mantém relação próxima, como os da América Latina. Apoio logístico e treinamento de pilotos brasileiros também fazem parte do pacote proposto e agora exigido pelo Brasil.
 
Outro ponto tratado foi o empréstimo ao Brasil de caças Gripen C/D, de geração anterior, enquanto os novos não chegarem.
A Força Aérea Brasileira quer contar com ao menos seis desses jatos no primeiro trimestre de 2016, para a defesa do espaço aéreo durante as Olimpíadas no Rio. Outros quatro chegariam no início de 2017. A entrega do primeiro dos 36 Gripen NG está prevista para 2018.

Os acordos ainda precisam passar pelo aval do Congresso no Brasil. A Defesa considera que não haverá dificuldades para aprovação no Senado, por exemplo, onde Amorim explicou os planos do ministério numa audiência na semana passada na Comissão de Relações Exteriores.

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