A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a
projeção de crescimento da economia brasileira neste ano para 1,8%,
ante estimativa de 2,2% em novembro do ano passado, segundo o relatório
"Perspectivas Econômicas", divulgado nesta terça-feira (6).
Para a OCDE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 2,2% em 2015, também abaixo da previsão feita há seis meses, de 2,5%.
"A economia do país segue em trajetória de crescimento econômico
moderado e alta inflação", diz a OCDE. O relatório destaca que a
inflação no Brasil segue bastante acima do centro da meta do Banco
Central (BC), que é de 4,5% – a expectativa de inflação do mercado
financeiro para este ano, por exemplo, continuou estável em 6,5%, no limite da meta de inflação, de acordo com o mais recente boletim Focus, do BC, publicado na segunda-feira (5).
"Uma política monetária mais apertada, uma demanda externa menos
intensa e incertezas políticas por conta das eleições presidenciais de
outubro devem pesar na atividade econômica", aponta a OCDE.
A projeção da organização é a mesma feita pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI), que no início de abril disse, por meio do relatório
"World Economic Outlook", que a economia brasileira está perdendo fôlego
e deve crescer 1,8% em 2014, menos que no ano passado, quando teve alta
de 2,3%. Essa foi a quarta vez consecutiva que o FMI cortou a previsão
de crescimento do PIB do país.
A estimativa dos economistas do mercado financeiro para o PIB de 2014 é
mais conservadora, e recuou de 1,65% para 1,63% na última semana. O
crescimento do PIB do Brasil estimado no orçamento federal é de 2,5%. O
Banco Central, por sua vez, divulgou previsão de alta de 2% em abril.
Economias avançadas
No relatório, a OCDE reduziu também a perspectiva para a expansão global, segundo informou a agência de notícias Reuters. A organização estimou que a economia mundial deve crescer 3,4% este ano, em comparação aos 3,6% previstos em novembro de 2013. Em 2015, deve acelerar para 3,9%.
No relatório, a OCDE reduziu também a perspectiva para a expansão global, segundo informou a agência de notícias Reuters. A organização estimou que a economia mundial deve crescer 3,4% este ano, em comparação aos 3,6% previstos em novembro de 2013. Em 2015, deve acelerar para 3,9%.
Além disso, a OCDE avalia que as economias avançadas terão cada vez
mais que conduzir a recuperação, uma vez que os países em
desenvolvimento que cresciam de forma rápida agora estão perdendo
fôlego.
"Ainda não saímos da fase crítica, porque o que estamos vendo são
números melhores, mas os riscos existem", disse à Reuters o
secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. "Crescimento baixo ainda existe,
números muito altos de desemprego também", completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário