Fracassou uma
nova tentativa de cessar-fogo na faixa de Gaza, promovida por Estados Unidos e
Egito, nesta sexta-feira (25), após Israel rejeitar os termos do acordo,
segundo a agência de notícias Reuters.
Os Estados
Unidos e o Egito entregaram hoje ao governo de Israel uma proposta de
cessar-fogo "humanitário" na faixa de Gaza com duração de uma semana,
de acordo com informações da rede de TV norte-americana CNN.
O documento
foi apresentado pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que está no
Oriente Médio para as negociações. Israel queria mudanças no documento antes de
suspender suas ações militares e por isso não aceitou o acordo.
A rejeição pelo gabinete de segurança
israelense foi unânime.
O Hamas já
havia sinalizado que se oporia ao plano, que considerou muito favorável a
Israel. Em entrevista à BBC, o líder do
Hamas, Khaled Meshaal, condicionou a trégua a uma garantia genuína do fim do
cerco de oito anos a
Gaza.
A ofensiva
israelense em Gaza entrou hoje no 18º dia com mais de 800 mortos palestinos,
a maioria civis. Do lado israelense, são 36 mortos, a maioria militares.
Pela proposta,
o cessar-fogo teria início a partir do próximo domingo (27), com o objetivo de
permitir ajuda à população afetada pelos confrontos entre israelenses e
palestinos e também de possibilitar transferências médicas de feridos e até
mesmo de corpos de vítimas.
A trégua
temporária, para entrar em vigor, deveria ser aceita tanto por Israel como pelo
Hamas, que controla a faixa de Gaza.
O presidente
da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, seria o representante principal do lado
palestino e assumiu as negociações com EUA, Egito e Israel.
O Qatar é o
principal condutor das conversas com o Hamas, assim como a Turquia, países com
os quais os EUA estariam tentando a aceitação do acordo por parte do Hamas.
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