A economia
brasileira gerou 101.425 empregos com carteira assinada no mês de agosto,
informou o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (11), com base em dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Isso
representa uma queda de 20,5% frente ao mesmo período de 2013, quando foram
abertas 127.648 vagas formais. Também foi o pior resultado para meses de agosto
desde 2012, quando foram abertas 100.938 vagas com carteira assinada, de acordo
com o Ministério do Trabalho, que começou a divulgar dados do tipo em 1992.
Considerando
apenas este ano, este foi o melhor resultado mensal desde fevereiro, quando 129
mil vagas foram abertas.
Divulgação antecipada
Os dados do Caged, que geralmente são divulgados na segunda quinzena do mês seguinte, foram antecipados em setembro.
Os dados do Caged, que geralmente são divulgados na segunda quinzena do mês seguinte, foram antecipados em setembro.
Questionado
por jornalistas, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, negou que essa
antecipação tenha relação com a campanha eleitoral.
"Os
números do emprego formal contrariam visões pessimistas de recessão. A economia
brasileira não está em recessão. Está em recuperação. Essa campanha de que o
Brasil está em recessão, quebrado, causa certa preocupação em setores da
população, que querem ver como se desenvolve isso aí. Apesar disso tudo, o
Brasil ainda gera 100 mil novos empregos [em agosto]", declarou o
ministro.
Acumulado do ano
De janeiro a agosto deste ano, foram criados 751 mil empregos formais, com queda de 31,6% frente ao mesmo período do ano passado, que registrou 1,09 milhão de vagas.
De janeiro a agosto deste ano, foram criados 751 mil empregos formais, com queda de 31,6% frente ao mesmo período do ano passado, que registrou 1,09 milhão de vagas.
Este é o pior
resultado para os oito primeiros meses do ano desde 2002, quando começa a série
histórica ajustada disponibilizada pelo Ministério do Trabalho.
Os números de
criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual período dos
últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas
empresas fora do prazo (até o mês de julho). Os dados de agosto ainda são
considerados sem ajuste.
O Ministério
do Trabalho informou que sua expectativa para a criação de empregos com
carteira assinada neste ano foi mantida em 1 milhão de vagas.
Setores da economia
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos oito primeiros meses deste ano, com 491.910 postos abertos, contra 472.457 no mesmo período do ano passado. O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos oito primeiros meses deste ano, com 491.910 postos abertos, contra 472.457 no mesmo período do ano passado. O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.
A indústria de
transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação
de 28.159 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a
agosto do ano passado, ela abriu 216.023 vagas. O resultado até agosto deste
ano foi o pior desde 2009 (demissão de 52,7 mil trabalhadores pelo setor).
Segundo o
ministro do Trabalho, o resultado da criação de empregos na indústria está
"ótimo", apesar de ser apenas 13% do registrado no mesmo período do
ano passado, porque, segundo ele, está havendo "recuperação", ou
seja, abertura de vagas.
Manoel Dias
informou que está sendo criado um grupo de trabalho no governo para tratar do
emprego industrial. Questionado sobre por que este grupo não foi criado antes,
ele declarou que "muita coisa" poderia ter sido feita há 20 ou 30
anos atrás.
"Fazer,
por exemplo, políticas públicas para os trabalhadores. De problema tá cheio,
mas não podemos resolver em 12 anos o que se deixou de fazer em 500 anos. A
crise mundial foi gerada não por nós. Apesar da crise, somos um país com
geração de empregos", afirmou.
A construção
civil, por sua vez, registrou a abertura 86.767 trabalhadores com carteira
assinada de janeiro a agosto deste ano, contra 168.754 vagas no mesmo período
de 2013. Já o setor agrícola gerou 115.692 empregos nos oito primeiros meses
deste ano, contra a abertura de 134.169 vagas no mesmo período de 2013.
O comércio
fechou 6.405 vagas formais de janeiro a agosto deste ano, contra 61.917 vagas
abertas nos oito primeiros meses de 2013.
Regiões do país
Segundo números oficiais, o emprego formal cresceu em todas as regiões do país nos oito primeiros meses deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 377.808 empregos com carteira assinada e a Região Sul, 184.949.
Segundo números oficiais, o emprego formal cresceu em todas as regiões do país nos oito primeiros meses deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 377.808 empregos com carteira assinada e a Região Sul, 184.949.
A Região
Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 112.172 postos formais de emprego
de janeiro a agosto deste ano, enquanto que a Região Norte teve a abertura de
40.619 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordeste, por sua
vez, registrou a abertura de 35.908 empregos com carteira nos oito primeiros
meses deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário