Pesquisa ISTOÉ/Sensus
realizada a partir da terça-feira 21 reafirma a liderança de Aécio Neves (PSDB)
sobre a petista Dilma Rousseff nos últimos dias da disputa pela sucessão
presidencial. Segundo o levantamento que entrevistou 2 mil eleitores de 24 Estados,
o tucano soma 54,6% dos votos válidos, contra 45,4% obtidos pela presidenta
Dilma Rousseff. Uma diferença de 9,2 pontos percentuais, o que equivale a
aproximadamente 12,8 milhões de votos. A pesquisa também constatou que a dois
dias das eleições 11,9% do eleitorado ainda não decidiu em quem votar. “Como no
primeiro turno, deverá haver uma grande movimentação do eleitor no próprio dia
da votação”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Se for
considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio conta com o
apoio de 48,1% do eleitorado e a candidata do PT 40%.
De acordo com Guedes,
a pesquisa realizada em cinco regiões do País e em 136 municípios revela
que o índice de rejeição à candidatura de Dilma Rousseff se mantém bastante
elevado para quem disputa. 44,2% dos eleitores afirmaram que não votariam na presidenta
de forma alguma. A rejeição contra o tucano Aécio Neves é de 33,7%. Segundo o
diretor do Sensus, a taxa de rejeição pode indicar a capacidade de crescimento
de cada um dos candidatos. Quanto maior a rejeição, menor a possibilidade de
crescimento. Outro indicador apurado pela pesquisa Istoé/Sensus diz respeito á
votação espontânea, quando nenhum nome é apresentado para o entrevistado. Nessa
situação, Aécio também está à frente de Dilma, embora a petista esteja ocupando
a Presidência da República desde janeiro de 2011. O tucano é citado
espontaneamente por 47,8% dos eleitores e a petista por 39,4%. 0,2% citaram
outros nomes e 12,8% disseram estar indecisos ou dispostos a votar em branco.
Para conquistar os
indecisos as duas campanhas apostam as últimas fichas nos principais colégios
eleitorais do País: São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. O objetivo do PSDB e
ampliar a vantagem obtida em São Paulo no primeiro turno e procurar virar o
jogo em Minas e no Rio. Em São Paulo, Aécio intensificou a campanha de rua, com
a participação constante do governador reeleito, Geraldo Alckmin, e do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De acordo com as pesquisas realizadas
pelo comando da campanha de Aécio, em Minas o tucano já estaria na frente de
Dilma e a vantagem veio aumentando dia a dia na última semana. Processo
semelhante ocorreu em Pernambuco, depois de Aécio receber o apoio explícito da
família de Eduardo Campos e do governador eleito, Paulo Câmara. Os mesmos
levantamentos indicam que no Rio de Janeiro a candidatura do senador mineiro
vem crescendo, mas ainda não ultrapassou a presidenta. Para reverter esse
quadro, Aécio aposta no apoio de lideranças locais, basicamente de Romário,
senador eleito pelo PSB, que deverá acompanhá-lo nos últimos atos de campanha.
Para consolidar a liderança, Aécio tem usado os últimos programas no horário
eleitoral gratuito para apresentar-se ao eleitor como o candidato da mudança
contra o PT. Isso porque, as pesquisas internas mostram a maior parte do
eleitor brasileiro se manifesta com o desejo de tirar o partido do governo.
No comando petista,
embora não haja um consenso sobre qual a melhor opção a ser colocada em prática
nos dois últimos dias de campanha, a ordem inicial é a de continuar a apostar
na estratégia de desconstrução do adversário. Nas duas últimas semanas, o que
se constatou é que, ao invés de usar parlamentares eleitos para esse tipo de
ação – como costumava fazer o partido em eleições passadas -- os petistas
escalaram suas principais lideranças para a missão, inclusive o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e a própria candidata. Os petistas apostam no
problema da falta d’água para tirar votos de Aécio em São Paulo e numa maior
presença de Dilma em Minas para procurar se manter á frente do tucano no
Estado.
PESQUISA ISTOÉ/Sensus
Realização – Sensus
Registro na Justiça
Eleitoral – BR-01166/2014
Entrevistas – 2.000,
em cinco regiões, 24 estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas
para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – De 21 a 24 de
outubro
Margem de erro - +/-
2,2%
Confiança – 95%
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