Um dia depois da posse
de Dilma Rousseff, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), comentou o
teor do discurso da presidente reeleita. Fez isso por meio de nota. Sem
mencionar o nome de Dilma, anotou:
“O Brasil não aceita
mais a manipulação da verdade e a simples repetição de velhas promessas
que, ao longo de 12 anos, infelizmente, não saíram do papel. Nosso país merece
mais que discursos, promessas e propaganda. Queremos o Brasil honrado e
justo a que todos temos direito. Por ele e ao lado de milhões de brasileiros
damos as boas-vindas a 2015!”
Aécio fez menção ao
número de votos que recebeu na eleição presidencial e reiterou a disposição de
se opor ao governo: “O PSDB inicia o novo ano revigorado e disposto a cumprir
seu papel de maior partido na oposição. E o fará lutando ao lado das 51 milhões
de pessoas que nos confiaram as suas esperanças de um país melhor.”
O senador disse esperar
“que as esperanças de cada um dos brasileiros sejam honradas em 2015.” Algo
que, segundo ele, “só será possível com a realização de mudanças” reclamadas
pelos brasileiros. Mudanças na economia, na saúde e na segurança pública, além
de “mudanças que nos permitam alcançar a maior e mais sólida de todas as
transformações: a educação de qualidade.”
Desde que perdeu a
disputa presidencial por uma diferença miúda, Aécio vem se esforçando para
liderar o bloco de oposição. A nota divulgada nesta sexta-feira se insere nessa
estratégia. Dilma atravessou uma pedra no caminho do tucanato ao entregar a
pasta da Fazenda a Joaquim Levy, um eleitor de Aécio e amigo de Armínio Fraga.
Como se opor à própria agenda?
Eis a questão que os tucanos terão de responder ao longo de 2015. Uma parte do
PSDB aposta que a relação de Dilma e Levy terminará em curto-circuito. Nessa
hipótese, o dilema da oposição se dissolveria.
Blog do
Josias / UOL
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