O deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) classificou, por meio do microblog Twitter, de "absurda" e
"grosseira" a comparação feita por Arlindo Chinaglia (PT-SP) entre a
atuação de ministros do governo e a de Michel Temer, vice-presidente da
República e presidente do PMDB.
Cunha e Chinaglia – além
de Júlio Delgado (PSB) e Chico Alencar (PSOL) – disputam a presidência da
Câmara, em eleição marcada para o próximo dia 1º. Peemedebistas têm reclamado
da atuação de ministros do governo em favor da candidatura de Chinaglia, com
suposta oferta de cargo de segundo escalão a deputados.
Nesta quinta, Chinaglia reagiu, dizendo não reclamar do fato de o
vice-presidente apoiar a candidatura de Eduardo Cunha. "Você acha normal o
vice-presidente da República apoiar uma candidatura? A mim, é atribuído ser
suposto beneficiário de uma ação do governo. Do ponto de vista da democracia, o
vice-presidente da República tem toda legitimidade de quem foi eleito, de quem
tem influência no PMDB e eu não vou reclamar porque ele assinou uma nota
apoiando o candidato do PMDB”, afirmou o petista.
"Comparar a atuação
do Michel, e ainda mais no momento em que ele exercia a Presidência da
República [a presidente Dilma Rousseff estava na
Bolívia], foi um gesto grosseiro, além de ser uma falta de
respeito", escreveu Cunha no Twitter.
Para o peemedebista, a
comparação feita por Chinaglia é "absurda", já que, como
vice-presidente da República, Temer não teria poder de decisão nem liberdade
para oferecer cargos no segundo escalão.
"Michel não tem caneta,
nem tinta e apenas exerceu o seu legítimo direito de opinar partidariamente. Se
todos do PT só fizessem isso, ninguém reclamaria", afirmou Eduardo Cunha
no microblog.
Anteriormente, Cunha já
havia comentado publicamente que deputados estariam recebendo oferta de
posições no governo em troca de apoio a Chinaglia.
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