A economia
brasileira iniciou o ano de 2015 demitindo. Segundo informações do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as demissões superaram as
contratações em 81.774 empregos no mês passado.
É o pior
resultado para meses de janeiro desde 2009 – ou seja, em seis anos – quando
foram fechados 101.748 empregos com carteira assinada. Naquele ano, a economia
brasileira enfrentava os efeitos da crise financeira internacional, cujo início
foi marcado pelo anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers
em setembro de 2008. Em janeiro do ano passado, houve a criação de 29.595
empregos formais no país.
“Os setores
que tradicionalmente fazem demissões nesse período, por questões como o fim do
período de férias, foram os que mais perderam vagas”, afirmou o ministro do
Trabalho, Manoel Dias.
Ministro mostra 'otimismo'
Apesar das
demissões em janeiro, o ministro afirmou que há motivos para manter o otimismo
com relação à geração de empregos no País em 2015.
"As
políticas que temos desenvolvido, na área social, com programas como o Minha
Casa Minha Vida, como o Bolsa Família, elas não serão interrompidas. Os
investimentos em infraestrutura não serão interrompidos e muitos dos
investimentos previstos por empresas privadas não serão interrompidos. Isso vai
continuar ajudando o país e gerando empregos”, avaliou ele.
Setores
Segundo dados oficiais, o setor de comércio varejista registrou o fechamento de 97.887 postos em janeiro deste ano, ao mesmo tempo em que o comércio atacadista registrou a contratação de 87 postos (contratações menos demissões).
Segundo dados oficiais, o setor de comércio varejista registrou o fechamento de 97.887 postos em janeiro deste ano, ao mesmo tempo em que o comércio atacadista registrou a contratação de 87 postos (contratações menos demissões).
O setor de
serviços, por sua vez, regitrou a demissão 7.141 postos no primeiro mês deste
ano, segundo o Ministério do Trabalho. Na contramão, a indústria de
transformação voltou a contratar – algo que não acontecia há oito meses. Neste
setor, a abertura de vagas superou as demissões em 27.417.
"Entre
os destaques estão a indústria calçadista, com 7554 novos empregos, mecânica,
com 3968, a têxtil, com 3451 e a de borracha, com 3292 empregos. Até a
indústria de celulose, que perdeu 483 vagas, teve o melhor desempenho em três
meses", informou o governo federal.
A
agricultura, por sua vez, registrou a abertura de 9.428 postos no mês passado,
desempenho que foi melhor, de acordo com o governo, do que o registrado em 2014
e 2013: quando aconteceu, respectivamente, a abertura de 3.745 postos e o fechamento
de 622 empregos com carteira assinada.
Regiões do país
Segundo o
Ministério do Trabalho, houve o registro de contratações em duas das cinco
regiões do país em janeiro deste ano.
A região
Sul abriu 29.688 postos formais em janeiro, ao mesmo tempo em que o
Centro-Oeste registrou a contratação de 1.208 trabalhadores com carteira
assinada no primeiro mês de 2015.
No Sudeste,
que geralmente lidera as contratações no país, porém, foram fechadas 69.911
vagas formais em janeiro deste ano. Essa redução foi atribuída pelo governo,
principalmente, ao desempenho negativo do Rio de Janeiro (- 40.658
postos).
Já a região
Nordeste fechou 32.011 postos formais, enquanto que a região Norte registrou
10.748 demissões no mês passado.
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