Resultado que deu vitória ao herdeiro político de Chávez é contestado. Herdeiro de Chávez agradeceu ligação e disse que disputa foi acirrada.
A presidente Dilma Rousseff ligou nesta segunda-feira (15) para o
presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, para felicitá-lo pela
eleição, neste domingo. Na ligação, a presidente manifestou sua
"satisfação com o clima de normalidade da votação" e disse "estar
pronta" para trabalhar com o novo governo do país vizinho.
"A Presidenta Rousseff manifestou sua satisfação com o clima de
normalidade da votação e disse estar pronta a trabalhar com o novo
Governo venezuelano", diz nota.
Segundo a Presidência, Maduro agradeceu pela ligação e "afirmou ter-se
tratado de uma disputa acirrada, que demonstrou a vitalidade das
instituições e da democracia venezuelana com alto grau de participação
do eleitorado", diz a própria nota.
O resultado que deu a vitória a Maduro, por diferença apertada (235 mil votos), foi questionado pelo adversário, Henrique Capriles, e por parte da comunidade internacional.
Segundo assessoria do Planalto, não está prevista a participação de Dilma na posse de Maduro, marcada para sexta-feira (19).
Eleição
Nicolás Maduro, herdeiro político do chavismo, foi eleito neste domingo
(14) presidente da Venezuela até 2019, em votação realizada 40 dias
após a morte do líder Hugo Chávez. Seu rival, contudo, o oposicionista
Henrique Capriles, não reconheceu a vitória de Maduro e pediu uma
recontagem total dos votos.
Maduro teve 50,66% dos votos, contra 49,07% de Capriles, segundo
Tibisay Lucena, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Em
números absolutos, foram 7.505.338 votos contra 7.270.403.
A vitória foi por uma margem de 1,59 ponto percentual, ou 235 mil
votos, muito mais apertada do que o esperado. A participação foi de
78,71% dos 19 milhões de eleitores cadastrados.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) anunciou que apoia a
recontagem de votos na Venezuela. A Casa Branca, disse que considera que
uma auditoria um passo "importante, prudente e necessário".
O ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, disse mais cedo
que o resultado da eleição venezuelana deve ser “respeitado”. "O
Conselho [Nacional Eleitoral da Venezuela] anunciou a vitória do
presidente Nicolás Maduro, com apuração de 99,12% dos votos. O conselho,
quando dá um resultado eleitoral, é porque considera que o resultado é
irreversível", afirmou o chanceler.
Na tarde desta segunda-feira (15), a Direção Nacional do Partido dos
Trabalhadores também divulgou nota para dizer que o partido recebeu "com
muita alegria" o relatório do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela,
"cuja correção foi confirmada pela missão observadora da Unasul".
“Conte conosco, Companheiro Presidente, para dar prosseguimento ao
processo iniciado com a eleição de Hugo Chavez em 1998 e agora
continuado por tua vitória", informou a nota assinada pelos dirigentes
petistas Rui Falcão (presidente), Iriny Lopes (secretária de relações
internacionais) e Valter Pomar (secretário executivo do Foro de São
Paulo).
G1
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