O lucro da Petrobras
no terceiro trimestre alcançou R$ 3,395 bilhões, uma queda de 45% em
relação ao trimestre anterior e de 39% em relação ao mesmo período do
ano passado, segundo balanço divulgado pela empresa nesta sexta-feira
(25).
No acumulado do ano, no entanto, o lucro teve alta de 29%, para R$ 17,289 bilhões.
A estatal ficou com 40% do campo de Libra, o primeiro a ser leiloado em
regime de partilha, na última segunda-feira (21), pelo qual terá de
pagar R$ 6 bilhões referente ao bônus de assinatura.
Defasagem de preços
Segundo a empresa, entre as principais razões para o resultado do terceiro trimestre está o aumento da "defasagem nos preços de derivados no Brasil, refletindo maiores cotações internacionais e desvalorização cambial".
Segundo a empresa, entre as principais razões para o resultado do terceiro trimestre está o aumento da "defasagem nos preços de derivados no Brasil, refletindo maiores cotações internacionais e desvalorização cambial".
"Ainda que tenhamos tido 4 reajustes de preço de diesel e 2 de gasolina
nos últimos 16 meses, totalizando 21,9% e 14,9% de aumento,
respectivamente, a forte depreciação do real verificada desde maio de
2013, chegando a 22% de desvalorização, fez com que a defasagem voltasse
a crescer nos últimos meses. Essa situação tem impactado nosso fluxo de
caixa e alavancagem", diz a presidente da Petrobras, Graça Foster, nos
comentários do balanço.
O índice de dívida líquida pelo Ebitda ajustado (que exclui a
participação em investimentos e a perda na recuperação de ativos) passou
de 2,77 no fim do ano passado para 3,05 no fim do terceiro trimestre
deste ano.
A diretoria executiva apresentou ao conselho de administração uma
metodologia de preços a ser praticada pela estatal para ter "maior
previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da
gasolina aos preços internacionais".
Graça disse ainda, no relatório, que a empresa planeja "reduzir, ao
longo dos próximos meses, os indicadores de alavancagem e endividamento"
por meio de desenvolvimento da produção, que aumentará a geração de
caixa, e da correção dos preços.
Trimestres anteriores
No 2º trimestre deste ano, a Petrobras teve lucro líquido de R$ 6,201 bilhões, após adotar uma estratégia contábil que limitou o impacto da alta do dólar e tirou cerca de R$ 8 bilhões em perdas financeiras do balanço. No mesmo período de 2012, a estatal tivera prejuízo de R$ 1,346 bilhão.
No 2º trimestre deste ano, a Petrobras teve lucro líquido de R$ 6,201 bilhões, após adotar uma estratégia contábil que limitou o impacto da alta do dólar e tirou cerca de R$ 8 bilhões em perdas financeiras do balanço. No mesmo período de 2012, a estatal tivera prejuízo de R$ 1,346 bilhão.
Produção
A produção total de óleo e gás da companhia ficou praticamente estável, com redução de 1% em relação ao trimestre anterior, de 2,5 milhões de barris por dia. Segundo o relatório, não foi possível alcançar níveis mais altos de produção nesse 3º trimestre devido a atrasos como no início da operação de plataformas e contratação de navios.
A produção total de óleo e gás da companhia ficou praticamente estável, com redução de 1% em relação ao trimestre anterior, de 2,5 milhões de barris por dia. Segundo o relatório, não foi possível alcançar níveis mais altos de produção nesse 3º trimestre devido a atrasos como no início da operação de plataformas e contratação de navios.
A receita de vendas da empresa alcançou R$ 77,7 bilhões, alta de 6% em
relação ao 2º trimestre e 5,3% em relação ao mesmo período do ano
anterior.
A empresa teve prejuízo financeiro líquido de R$ 1,02 bilhão. O lucro
líquido por ação caiu em relação ao trimestre anterior (46%) e ao mesmo
período de 2012 (39,5%), para R$ 0,26.
Os gastos com abastecimento subiram em comparação ao segundo trimestre e
alcançaram R$ 5,5 bilhões, segundo a empresa, por conta de "maiores
custos com aquisição/ transferência de petróleo", que reflete a
valorização do dólar frente ao real e a elevação das cotações internacionais da petréleo, além da maior "participação de
derivados importados no mix de vendas para atender a demanda sazonal".
Na área de distribuição, o lucro caiu em relação ao 2º trimestre (32%) e
ao mesmo período de 2012 (24,5%), para R$ 312 milhões, pelas menores
margens médias de comercialização de combustíveis (8%).
A empresa mostrou ainda que o custo unitário do refino aumentou 13%, em
função da menor carga processada neste trimestre no Japão e nos EUA,
decorrente de paradas não programadas.
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