quarta-feira, 9 de outubro de 2013

'Ninguém vota por causa do vice', diz ministro sobre Marina no PSB

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, comentou nesta quarta-feira (9) a aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o presidente do PSB, Eduardo Campos, que se uniram para a disputa das eleições de 2014. “No Brasil, ninguém vota no vice”, disse o ministro sobre a possibilidade de Marina ser candidata em uma eventual chapa encabeçada por Campos.
Marina Silva anunciou filiação ao PSB no sábado. Ela afirmou que apoia a candidatura de Campos à Presidência, mas não disse se pode ser vice em uma chapa encabeçada pelo pernambucano.

A ex-senadora decidiu entrar para o partido após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter rejeitado, na última semana, o registro da legenda que ela fundou, o Rede Sustentabilidade, por falta de comprovação do número mínimo de assinaturas.
Ao sair de reunião no Palácio do Planalto, Paulo Bernardo disse que o governo “não está preocupado” com a aliança, mas que “com certeza, nós vamos ter no ano que vem uma eleição muito disputada”.

“Esse movimento da Marina indo para o PSB, com certeza o saldo é positivo do ponto de vista político para eles. Eu não sei se a chapa é competitiva, ela [Marina Silva] acrescenta para ele [Eduardo Campos], mas se você for pensar, no Brasil, ninguém vota por causa do vice. As pessoas votam no candidato”, afirmou o ministro.
A ex-senadora rebateu em entrevista nesta terça-feira (8) ao Blog do Camarotti especulações de que, em razão de desempenho nas pesquisas, poderia substituir Eduardo Campos como candidata do PSB à Presidência. “Em nenhum momento, nós discutimos essa história de inversão ou não inversão [de papeis]. Eduardo é o candidato. Está colocado”, afirmou.
Paulo Bernardo lembrou ainda que a aliança entre a Rede Sustentabilidade e o PSB não agregou tempo de televisão à coligação. Na sua avaliação, a união entre Marina e Campos não “agrega necessariamente mais peso” à chapa. “Acho que fizeram uma boa articulação política, pode ser que isso se desenvolva bem, pode ser que não”, disse.

O ministro afirmou que cabe à presidente Dilma Rousseff fazer uma campanha organizada e ter um bom governo, “porque governo bom costuma significar votos”. “Acho que a presidenta está muito tranquila nesse aspecto. Está fazendo um bom governo, tem apoio. Se você olhar qualquer quadro, qualquer pessoa que entenda de eleição vai dizer que ela é favorita”, acrescentou Paulo Bernardo.

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