A ex-senadora Marina Silva escreveu nesta sexta-feira (4) no Twitter
que a rejeição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao pedido de criação
da Rede, partido que ela idealizou, não "representa uma derrota". Por 6
votos a 1, o TSE entendeu que a legenda não apresentou o número mínimo
de assinaturas de apoio válidas para o registro.
"A votação do TSE contrária à criação da Rede neste momento não
representa uma derrota. A Rede continua", disse Marina no microblog.
"Mesmo que matem milhares de flores não poderão impedir a chegada da
primavera", escreveu a senadora minutos depois da primeira postagem.
Com a rejeição do TSE, Marina, que aparece nas pesquisas eleitorais
como a segunda colocada na disputa para presidente da República, terá
que se filiar a um partido até este sábado (5) se quiser disputar o
pleito de 2014. A lei determina que um candidato esteja filiado a
partido no prazo de um ano antes das eleições.
Antes de o pedido da Rede ser julgado pelo TSE, Marina já havia sido
sondada por outros partidos, como o PPS e o PEN. Ela, no entanto, dizia
que não trabalhava com "plano B".
Nesta tarde ela vai se reunir com aliados políticos e com a Executiva
da Rede para definir a estratégia para a eleição do ano que vem. Para
15h está prevista uma entrevista coletiva em que Marina vai anunciar sua
decisão.
Reunião na madrugada
Logo após o TSE ter rejeitado o pedido de criação da Rede, Marina se reuniu em um apartamento de Brasília com aliados para discutir o futuro político.
Logo após o TSE ter rejeitado o pedido de criação da Rede, Marina se reuniu em um apartamento de Brasília com aliados para discutir o futuro político.
Segundo o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos mais próximos aliados
de Marina, a reunião contou com cerca de 50 pessoas, com "graus de
envolvimento diversos" com a Rede, como os deputados do PDT Reguffe (DF)
e Miro Teixeira (RJ) e o deputado Walter Feldman (sem partido-SP).
Sirkis afirmou que muitos dos presentes pediam que Marina se filiasse a
um novo partido para poder disputar as eleições, mas que nenhuma
decisão foi tomada ainda.
"Todos querem que ela seja candidata. Mas a decisão é de foro íntimio
da própria Marina. Ela tem que decidir se quer se filiar ou não", disse o
deputado.
Sirkis afirmou também que a reunião foi "muito emocional", porque
ocorreu logo após a decisão do TSE de rejeitar a criação da Rede. Ele
disse que, por conta das discussões, acabou se "aborrecendo" e deixou o
apartamento antes de o encontro terminar.

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