quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Comissão aprova projeto que fixa limite de peso para mochila de aluno

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) em primeiro turno projeto que limita o peso das mochilas escolares a 15% do peso dos estudantes. O texto ainda precisa ser aprovado na CAS em turno suplementar. Se após o turno suplementar não houver recurso para que o texto seja analisado em plenário, a matéria segue para análise da Câmara.

A senadora Ângela Portela (PT-RR), relatora do projeto, acrescentou modificações ao texto e sugeriu a obrigatoriedade de as escolas fornecerem armários para os estudantes guardarem parte do material escolar. Para a parlamentar, a necessidade é “ainda maior” nas escolas que recebem alunos em tempo integral.

De acordo com a assessoria da relatora, o texto prevê que as escolas deverão orientar os pais dos estudantes em relação ao peso máximo que as mochilas podem ter. Caberá ainda às instituições decidir se irão fiscalizar o peso ou não. Ainda segundo a assessoria, o texto aprovado não prevê punição em caso de descumprimento da norma, nem para a escola nem para os alunos.

A senadora Ângela Portela afirmou ao G1 que o projeto não prevê punição para as escolas por ter “caráter educativo”. Segundo a parlamentar, é “mais importante” a conscientização do que a punição.

“A importância desse projeto é que nele nós prevemos ampla campanha educativa para definir o peso recomendado da mochila. O projeto tem caráter educativo, é sugestivo e propõe uma regulamentação para que o poder público promova amplas campanhas educativas para conscientizar alunos, pais, responsáveis e escolas sobre a importância de cumprir a determinação [...]  É mais importante trabalhar com a conscientização do que com a punição”, argumentou a relatora.

Ao G1, o presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal, Luís Cláudio Megiorin, avaliou o projeto como "interessante", mas que "apresenta falhas".

"O grande problema é quando a gente vê que nas escolas públicas os alunos não tem armários. Outra coisa, quem vai fiscalizar um possível descumprimento da lei? A punição em caso de desobediência é do aluno, que vai sentir o resultado no físico dele. Quem vai fiscalizar? Se ninguém vai fiscalizar ou punir, bastaria uma campanha educativa. Já que pode se tornar lei, que seja prevista a fiscalização", afirmou.

O deputado federal Sandes Júnior (PP-GO), autor da proposta na Câmara, informou na justificativa que cerca de 60% a 70% dos problemas de coluna na fase adulta são causados por sobrecarga de peso e esforços repetitivos na adolescência.

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