O dólar fechou em alta acentuada nesta terça-feira (5), com
investidores preocupados com a piora no cenário fiscal brasileiro e
cautelosos antes da divulgação de importantes dados econômicos nos
Estados Unidos, que podem trazer sinais mais claros sobre os próximos
passos da política monetária do país.
A moeda terminou o dia vendida a R$ 2,2893, com alta de 1,98%.
"Os motivos da alta do dólar são as notícias sobre o déficit (primário)
no país e a preocupação com a decisão do Fed (sobre a redução dos
estímulos)", resumiu o gerente de câmbio da Pioneer Corretora, João
Medeiros.
Os investidores estão temerosos com a situação fiscal brasileira depois
da divulgação, na quinta-feira, que o setor público brasileiro
registrou o pior resultado primário para meses de setembro, praticamente
enterrando a possibilidade de a meta ajustada, de 2,3% do Produto
Interno Bruto (PIB), ser atingida neste ano.
A disparada do dólar no mercado brasileiro ocorria mesmo com a atuação
diária do BC que, na manhã desta terça, realizou mais um leilão de swap
cambial tradicional, com a venda de 8,1 mil contratos com vencimento em
1º de abril de 2014 e 1,9 mil contratos com vencimento 2 de junho de
2014. Os volumes financeiros equivalentes das operações foram de US$ 403
e US$ 94,2 milhões, respectivamente.
Alguns especialistas levantavam a hipótese de intervenções extras da
autoridade monetária para conter o avanço da moeda norte-americana. De
acordo com analistas da H.Commcor, as especulações no mercado de câmbio
giravam em torno de uma possível rolagem antecipada dos swaps com
vencimento no dia 2 de dezembro, que somam o equivalente a US$ 10,11
bilhões.
À espera do Fed
Temores de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, reduza seu programa de estímulos ainda este ano também ajudaram a elevar a moeda norte-americana, deixando os investidores ansiosos pelos próximos indicadores sobre a saúde da maior economia do mundo, sobretudo o relatório de emprego que será divulgado na sexta-feira.
Temores de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, reduza seu programa de estímulos ainda este ano também ajudaram a elevar a moeda norte-americana, deixando os investidores ansiosos pelos próximos indicadores sobre a saúde da maior economia do mundo, sobretudo o relatório de emprego que será divulgado na sexta-feira.
"Neste momento o Fed é o coringa do mercado", afirmou à Reuters o
gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "O mercado
está preocupado com os EUA, de olho se vai ocorrer a redução dos
estímulos ou não, à espera da divulgação do relatório de emprego na
sexta-feira", acrescentou.
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