O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (7), ultrapassando o nível de
R$ 2,30 pela primeira vez em dois meses, com investidores cada vez mais
apreensivos sobre o futuro do programa de estímulo econômico dos Estados
Unidos.
A moeda americana fechou em alta de 1,02%, a R$ 2,3067. Veja cotação
É o maior valor desde 6 de setembro, quando terminou cotada a R$ 2,3042.
Na semana, a moeda acumula alta de 2,19% e no mês, de 3,24%. No ano, há valorização acumulada de 12,81%.
Após a divulgação do PIB dos EUA do 3º trimestre, que veio acima do
esperado, os investidores veem que os dados de emprego, que serão
divulgados na sexta, alimentem apostas de que o Federal Reserve, banco
central norte-americano, comece a reduzir o ritmo de compra de ativos
ainda este ano.
O Fed injeta US$ 85 bilhões por mês na economia norte-americana e parte
destes recursos costuma migrar para países emergentes, em busca de
rendimentos maiores.
"Nos últimos dias, a gente veio acompanhando a questão norte-americana.
Talvez sexta-feira seja um dia mais importante, com os dados do mercado
de trabalho, que podem dar algum esclarecimento sobre (o momento) da
diminuição dos estímulos", afirmou à Reuters o operador de câmbio da
Intercam Corretora Glauber Romano.
Oscilação
A sessão teve grandes oscilações pela manhã, quando o dólar chegou a cair para a mínima de R$ 2,2710 após o Banco Central Europeu reduzir inesperadamente sua taxa básica de juros para a mínima recorde de 0,25%. A decisão alimentou, pelo menos temporariamente, o apetite dos investidores por risco em todo o mundo.
A sessão teve grandes oscilações pela manhã, quando o dólar chegou a cair para a mínima de R$ 2,2710 após o Banco Central Europeu reduzir inesperadamente sua taxa básica de juros para a mínima recorde de 0,25%. A decisão alimentou, pelo menos temporariamente, o apetite dos investidores por risco em todo o mundo.
"O BCE resolveu surpreender com o corte nas taxas de juros, o que
provocou uma reação positiva no mercado", afirmou à Reuters o gerente de
análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.
Menos de uma hora depois, no entanto, investidores voltaram a ficar mais cautelosos. O resultado acima do esperado do PIB do terceiro trimestre nos Estados Unidos reforçou as expectativas de que o Fed reduza seu programa de compra de ativos em breve.
A China também chamava a atenção no cenário internacional, com uma
reunião de quatro dias, que se iniciará no sábado, para se definir uma
agenda de reformas para a próxima década. A discussão faz parte dos
esforços do governo chinês para conduzir a economia em direção a um
crescimento mais sustentável, após três décadas de expansão vertiginosa.
"A agenda da China é um dado importante, sob expectativas de que as
autoridades eventualmente possam revisar a meta de crescimento do país
para baixo", disse à Reuters o gerente de análise da XP Investimento
Caio Sasaki. "Se isso acontecer, a economia brasileira poderá ser
diretamente afetada", acrescentou.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro realizou mais uma etapa de seu
programa de intervenções diárias, com a venda de 5 mil contratos de swap
cambial tradicional com vencimento em 1º de abril de 2014 e 5 mil
contratos de swap cambial tradicional com vencimento 2 de junho de 2014.
Os volumes financeiros equivalentes dos leilões foram de US$ 248,7 e
US$ 247,9 milhões, respectivamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário