O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Aguinaldo Nardi,
cobrou nesta segunda-feira (4) do governo federal a criação de um centro
de referência em saúde do homem para melhorar o acesso da população de
baixa renda a exames urológicos. No Senado, a instituição participou do
lançamento a campanha "Novembro Azul", de combate e prevenção ao câncer
de próstata.
A exemplo do que ocorreu durante o "Outubro Rosa" – quando diversos
monumentos brasileiros foram iluminados de rosa para promover a
prevenção ao câncer de mama –, o Congresso Nacional recebeu luzes azuis,
como forma de incentivar a realização de exames pelos homens. O Cristo
Redentor e a Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, também participam.
A Sociedade Brasileira de Urologia encaminhou ao Ministério da Saúde
projeto que cria centros especializados para homens. Segundo Nardi, é
preciso agilizar o atendimento da população de baixa renda no sistema
público de saúde.
"Não temos uma ponte entre a atenção básica até o urologista. É
necessário criarmos centros de referência em saúde do homem no Brasil",
disse durante discurso na solenidade. "O homem, se tiver suspeita de
alguma doença, é encaminhado aos ambulatórios de especialidades e
aguardará, talvez, meses para ter uma primeira consulta", relatou.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de
próstata é a segunda causa de morte entre homens no Brasil. Um em cada
seis homens terá câncer de próstata, ainda segundo a instituição, e a
idade é um dos fatores de risco: mais da metade dos casos de câncer de
próstata no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para
outros órgãos. Somente em 2012, surgiram 60 mil novos casos da doença,
mas a sociedade alerta que, se descobertos no início, 90% dos pacientes
são curados.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que o exame de toque retal
para identificar o câncer deve ser feito a partir dos 50 anos para
homens sem casos na família e aos 40 a 45 anos para homens negros ou com
casos na família.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apareceu na cerimônia apenas para o encerramento porque foi chamado para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. O senador falou da importância da prevenção contra o câncer de próstata e contou que seu pai morreu da doença.
"Meu pai faleceu acometido por um câncer de próstata. Isso me faz
trabalhar para que haja uma prevenção mais efetiva da doença", disse
Calheiros.

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