Na manhã de ontem, 11, os vereadores Gilson Rego (DEM), Gutemberg Bessa (DEM) e Francisco
José (DEM), acompanhados da vice-prefeita, Zélia Leite (DEM), estiveram nos
Ministérios Públicos Estadual e Federal denunciando a situação que a saúde de
Pau dos Ferros se encontra.
O relatório
entregue ao Promotor de Justiça da 3ª Promotoria de Justiça de Pau dos Ferros,
Paulo Roberto, e ao procurador da República, Marcos de Jesus, relata sobre a
falta de atendimento pela secretária de saúde, Patrícia Leite; a falta de
medicamentos nas unidades básicas de saúde; a falta de médicos nas UBS do
Perímetro Irrigado, Sítio Maniçoba e dos Bairros São Vicente e Princesinha do
Oeste, como, também, a falta de materiais e reagentes para a realização de
exames no laboratório central, como hemograma completo, colesterol total com
frações, triglicérides, PCR (proteína C reativa) e Beta hCG.
Desde o
início de fevereiro, para elaboração do documento, o grupo esteve visitando as
12 unidades de saúde do município. “Falta medicação em todas as unidades, como
metformina, atenolol, nistatina, entre outras que citamos no relatório; o
paracetamol e a dipirona em gotas, por exemplo, não encontramos em nenhum
posto” lamenta o parlamentar, Francisco José. Os vereadores tentaram visitar o
almoxarifado, setor responsável pelo abastecimento das farmácias, para
averiguar a falta da medicação, mas foram impedidos de entrar.
Na última
sexta-feira, 6, estiveram, também, na sede da Secretaria de Saúde SESAU para
uma conversa com a senhora Patrícia Leite, dirigente da pasta. A população
pau-ferrense ficou sem o atendimento da secretária durante todo o mês de
dezembro e início de janeiro, totalizando 50 dias. No restante de janeiro,
Patrícia atendeu nos dias 13 e 27 – mais de 300 pessoas por dia. "Para a
população que nos procurou, este é um atendimento desumano, pois muitos dos que
procuram a secretária de saúde, entre eles gestantes, idosos e mães com
crianças, chegam ainda de madrugada, tendo que ficar até o fim da tarde"
lamenta a vice-prefeita, Zélia Leite, que acompanhou os edis em todas as
visitas. “Neste mês não foi realizado nenhum atendimento, não foi feito dia 03,
nem dia 10; dia 17 é feriado, ou seja, provavelmente, o atendimento só
retornará dia 24, mais 28 dias prejudicando a saúde do município” lembra Gutemberg
Bessa.
Outra
ferramenta que ajudou na formalização da denúncia foi o CNES – Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde. No sistema foram encontrados nomes de
profissionais, como médicos e dentistas, por exemplo, que já pediram
afastamento sem ônus, exoneração ou demissão do município, porém continuam
ativos no sistema, gerando ainda repasse do Governo Federal.
Para os
parlamentares e vice-prefeita, as providências precisam ser tomadas para que a
saúde ande positivamente e que a população não sofra as consequências.


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