Ponte Preta e Náutico quebraram o protocolo. Surpreenderam. Últimos
colocados na tabela de classificação, as duas equipes fizeram o jogo
chamado "lá e cá", cheio de alternativas, com gols e chances dignas de
"Inacreditável Futebol Clube" para os dois lados, com vitória do
Náutico, de virada, aos 47 minutos do segundo tempo, por 2 a 1, no
Moisés Lucarelli, nesta terça-feira.
O resultado faz o Timbu chegar aos 17 pontos, ainda na última
colocação, mas com esperança de reação. A Macaca, que fica com 22 e vê
perdida a chance de se aproximar da saída do Z-4, volta a campo na
próxima quinta-feira, às 19h30, contra o Atlético-MG, no estádio
Independência, em partida atrasada da 8ª rodada. O Náutico recebe o
líder Cruzeiro, às 16h, na Arena Pernambuco, domingo.
Empurrada pela torcida e embalada pelos últimos resultados, a Macaca
dominou a primeira etapa, criando diversas chances, principalmente pelos
pés de Fellipe Bastos, Rildo e William. Exceto pela jogada individual
do meia Tiago Real, aos 7 minutos, que exigiu boa defesa de Edson
Bastos, a equipe campineira criou ao menos quatro chances claras, todas
elas defendidas pelo arqueiro Ricardo Berna, que não resistiu à
artilharia pesada. De tanto insistir, a Ponte abriu o placar aos 45
minutos.
Fellipe Bastos tocou na linha de fundo para Uendel que, com a cabeça
erguida, cruzou para William. Principal jogador da Macaca no primeiro
tempo, o camisa 9 antecipou-se à marcação de João Filipe e, com um leve
toque, tirou do alcance do goleiro do Timbu.
Atrás no marcador, o Náutico foi obrigado a adotar uma postura mais
ofensiva na segunda etapa. Na base da pressão, o Timbu quase chegou ao
empate com Oliveira, que aproveitou um passe errado de Baraka, mas
chutou a bola por cima do gol.
Atendendo aos pedidos do técnico Jorginho, que reclamava do
posicionamento excessivamente defensivo, a Macaca saiu em busca do
segundo gol. Rildo teve chance, driblou um marcador, mas chutou por
cima. William, sozinho, cabeceou para fora na cobrança de escanteio, aos
13, e chutou fraco aos 33, nas mãos de Berna.
Atacando, disposta a se expor, a Ponte deu espaços e o Náutico empatou.
Maikon Leite, até então sumido na partida, fez jogada pela direita e
cruzou na área. Hugo, que tinha acabado de entrar, dominou e bateu
rápido, sem dar tempo para os zagueiros travarem o chute, aos 33
minutos.
Chances desperdiçadas e virada do Náutico...
A Ponte, precisando da vitória para encostar nos times que estão fora
do Z-4, adiantou ainda mais a marcação e, no primeiro Inacreditável
Futebol Clube da noite, Hugo brilhou. Embaixo das traves, o atacante do
Timbu, sem goleiro, chutou por cima do gol. Mas ele não estava sozinho.
Quatro minutos mais tarde, foi a vez de William, sem marcação e sem
goleiro, desviar um cruzamento de canela, para fora.
A Ponte Preta pressionava. Foi à frente com todos os jogadores, na base
do desespero, com a chance de fazer o segundo gol no lance de bola
parada, dos pés de Fellipe Bastos. O volante, que já tinha assustado
Ricardo Berna, tocou para Elias, que fez o giro e bateu forte, mas o
goleiro do Timbu fez a defesa. No rebote, Adaílton chegou à linha de
fundo pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola atravessou a área,
praticamente em cima da linha, e sobrou nos pés de Dadá, que puxou o
contra-ataque.
Aproveitando a desorganização da defesa da Macaca, Maikon Leite
carregou a bola e tocou para Hugo, dentro da área. O atacante chutou,
mas Edson Bastos fez a defesa. No rebote, o próprio Maikon Leite chutou
forte, já aos 47 minutos, jogando bola, goleiro e zagueiro para dentro
do gol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário